quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Angola,criminales y Vadíos desterrados

A busca por estabelecer uma associação entre o degredo e uma função social útil ao projeto colonizador parece estar constantemente presente nas preocupações da Coroa portuguesa para a administração de seu império, como podemos ver na seguinte ordem régia dirigida ao ouvidor de Pernambuco, em 1715:“Faço saber a vos (...) que passandosse ordem em 26 de dezembro de 1710 a vosso antecessor, para que aquelles criminozos que estivessem em pena de degredo, e por crimes tais que merecessem o desterro de Angola, os fizesse remeter para aquele Reyno, e ainda alguns vadios que conhecesse podião servir de grande perturbação nessa Republica, e de escandalo aos povos (...),me propos em carta (...) do anno passado, e duvida que se lhe oferecia sobre a execução da dita ordem se havia executar nos criminozos que estivessem na dita pena sem esperar a sentença da Rellação da Bahia para onde havia apellar (...), nem em outro cazo dos vadios em que não devia haver appellação nem aggravo por serem sumarios. E pareceo dizervos que a Refferida ordem que se passou a vosso antecessor para serem mandados os vadios para angolla foi somente por aquella ocasião e se não deve extender para o mais tempo e assim neste particular deveis guardar a ordenação e o vosso regimento não os a respeito dos vadios, mas tambem dos mais criminozos (...).”232
Essa ordem faz parte de uma correspondência administrativa entre a Coroa e seus representantes no império que apresenta, em diferentes momentos, uma vontade política de
retirar os vadios do convívio social, aqui especificamente Pernambuco.(PAG 131).
http://www1.capes.gov.br/teses/pt/2003_dout_ufpe_kalina_vanderlei_paiva_da_silva.pdf
Aclaraciones:(Sergio Vieira).
---------A palavra vadio acabou gerando vadiagem que por algum motivo se relacionou com vagabundo ou vagabundagem, que significa alguém que anda vagando sem fazer nada, sem trabalhar. Ocorre que os escravos (vadios) faziam suas algazarras em momentos de ócio. E a isto diziam que os vadios eram vagabundos.
---------Cuidado com a palavra "vadiação". Trata-se de um erro linguistico.Os portugueses da região do Porto, norte de Portugal, trocam o V pelo B - exemplo: vidro = bidro; bacalhau = vacalhau. Pois bem. Este portugues denominavam os negros habitantes das ilhas da África como "badios", mas pronunciavam "vadios". No Brasil passaram a apelidar todos os negros como badios, ou seja, como "vadios" e todas as suas práticas nas folgas, como badiagem, ou seja, "vadiagem". Agora... o significado de badios, eu não sei o motivo, mas creio que é uma palavra chave.

Angola,criminales y Vadíos desterrados

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Indios brasileiros nas tropas holandesas em Angola em 1641
















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Índios do Brasil

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La fundación de Brasil: testimonios 1500-1700

 Escrito por Darcy Ribeiro,Carlos de Araújo Moreira Neto,Gisele Jacon de A. Moreira LIBRO:La Fundación de Brasil Escrito por Darcy Ribeiro, Carlos de Araújo Moreira Neto, Gisele Jacon de A.
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LIBRO:La Fundación de Brasil Escrito por Darcy Ribeiro, Carlos de Araújo Moreira Neto, Gisele Jacon de A.(pag LVII)
 
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1641-Los holandeses ocupan Angola, los portugueses no tienen otro camino que recurrir a Mozambique como fuente de aprovisionamiento de esclavos para su colonia en el Brasil

DE BENGUELLA Á CONTRA-COSTA. Reinos africanos antigos. Jornada a Ngola.--O Sova Chimbarandongo



































Jornada a Ngola.--O Sova Chimbarandongo




CAPITULO IV.
POR TERRAS AVASSALLADAS.


Jornada a Ngola.--O Sova Chimbarandongo.--Belleza do caminho.--Chegada a Caconda--José d'Anchieta.--Nada de correspondencia.--Chegada do Chefe.--Vamos aos carregadores.--Ivens vai ao Cunene e eu vou ao Cunene.--Volta de casa do Bandeira.--Falham os carregadores.--O meu juizo.


No dia 1o de Janeiro de 1878, deixámos Quillengues, tendo ali feito provisão de vìveres, e comprado bastante gado para matar, bois e carneiros. O chefe, Tenente Roza, acompanhou-nos uns 7 kilòmetros, e voltou á sua residencia, seguindo nós sempre a S.E., até ás faldas da serra de Quillengues, onde acampámos junto á povoação do Secúlo Unguri. Tìnhamos um companheiro de viagem, que em Quillengues nos tinha pedido, o deixàssemos ir até ao Bihé em nossa companhia. Era elle Verìssimo Gonçalves, filho de um conhêcido sertanejo do Bihé, môrto havia pouco, que em Quillengues era empregado de um ex-criado de seu pai. Este rapaz, mulato e de mesquinha educação, como era de côrpo acanhado, cheio de vicios, dos proprios a tal gente, tinha alguma cousa de bom, e era intelligente. 

Tem de figurar no correr d'esta narrativa, e por isso o menciono mais particularmente.Era acanhado e tìmido, mas não covarde, e debaixo de uma apparencia fraca, possuia uma forte organização e mùsculos de ferro. Sabía apenas ler e escrever, mas era um soffrivel atirador de segunda ordem, e manhoso caçador.Durante a demora em Quillengues, consegui domesticar dois dos jumentos, que n'esta nôva jornada já me servíram de cavalgaduras.


No seguinte dia, logo á saída, começámos a ascensão da serra de Quillengues, que n'esse ponto se chama Serra Quissècua.  A subida foi difficìlima, e durante três horas lutámos com as agruras da montanha, elevando-nos a 1740 metros do nivel do mar, ou 836 acima do planalto que termina em Quillengues. 
 
Em um desfiladeiro da serra passámos um pequeno ribeiro, que os indìgenas chamam Ob a b a - t e n d a, o que  quer dizer àgua fria, fomos acampar na margem de outro chamado Cuverai, affluente do Cúe. Estes
dois ribeiros sam permanentes, e sam àguas que correm ao Cunene. O terreno continúa granìtico, mas a vegetação muda completamente de aspecto--de certo devido isto á altitude. O baobab desappareceu, e já se encontram fetos á sombra das innùmeras e variadas acacias que povôam as matas. A flôra apresenta riqueza maior em plantas herbàceas, e nas gramìneas sôbre tudo nota-se uma fôrça de vegetação vigorosissima.



Notei que atravessámos regiões onde se não encontra uma só ave, e de repente entra-se em zonas onde
milhares de passarinhos fazem uma chiada enorme. Caça vi ali pouca, mas os rastos anunciam havel-a.
Na noite do seguinte dia aconteceu-nos uma aventura curiosa. Estàvamos acampados junto do ribeiro Quicúe, que corre a S.E., em leito granìtico, e vai, provavelmente, engrossar o Cúe; quando sentímos a cadella do Capello ladrando e arremettendo furiosa, contra alguma cousa que se aproximava da barraca.Ao mesmo tempo sentìamos um forte ruminar perto de nós; o que nos fez suppor, que os jumentos se tinham soltado e pastavam dentro do campo, que era cercado de abatises espinhosas. Falámos á cadella e adormecémos. Ao alvorescer ouvímos grande rumor no campo, e saindo logo, soubémos, que os prêtos, que ao principio tinham julgado, como nós, que os burros andavam á sôlta, percebêram depois que se enganavam, e que um animal estranho se tinha introduzido no campo. Fôra effectiva menta um bùfalo enorme que nos dera a honra da sua companhia durante a noite. O caso era notavel e de explicação difficil, a não serem os repetidos rugidos dos leões que se tinham ouvido;  fazendo com que o bùfalo viesse buscar guarida entre nós. No seguinte dia fomos acampar pròximo da povoação de Ngóla, e eu fiz logo annunciar a minha visita ao Sova. Depois do almôço, fui á libata procural-o. Fiz-me acompanhar dos meus muleques, levando uma cadeira para mim, e dois guardasóes.


O Sova appareceu-me logo, armado de dois cacetes e uma azagaia.Trajava tanga comprida de panno da costa, e sôbre ella uma pelle de leopardo. Tinha o peito nú pendendo-lhedo pescôço um sem-nùmero de amuletos. Recebeu-me fôra da sua barraca, por um sol abrasador; e eu offereci-lhe um guardasol, que levava para isso, de panninho encarnado; favor a que elle se mostrou muito grato.

Disse-lhe o que andava por ali a fazer, cousa que elle não percebeu muito bem; comprehendendo com-tudo perfeitamente, que lhe offerecia um pequeno barril de pòlvora, 50 pederneiras e uma duzia de guizos de latão, sem nada lhe pedir em troca--o que sôbre modo o espantou. Convidei-o a vir ao nosso campo ver os meus companheiros; e elle accedeu a isso acompanhando-me; coisa  muito de notar, que os chefes indìgenas sam desconfiados. Dizendo-lhe, que mandasse uma vasilha em que eu lhe podesse dar àgua-ardente, foi elle buscar uma botija de litro. Mostrei-me admirado de que um chefe quizesse tão pouco, e convidei-o a procurar vasilha maior. Mandou então buscar uma cabaça que levaria o duplo da botija, e eu pedi-lhe que juntasse outra igual. O Règulo não podia dissimular a sua admiração pêla minha generosidade. Partímos a pé, acompanhados por três das mulhéres, as filhas, e muito pôvo, tôdos sem armas, para me mostrarem a confiança que eu lhes havia inspirado. Chegámos ao campo quando Capello fazia observações meteorològicas, e o Sova ficou admirado diante dos thermòmetros e dos baròmetros. O Ivens veio logo para junto de nós, e depois de grandes comprimentos, mostrámos ao Règulo as armas de Snider e de Winchester, que lhe causáram verdadeiro assombro. Este Chimbarandongo, que tal é o nome do sova de Ngóla, é intelligente, e sabe viver com o seu pôvo.


Offereceu-nos um boi, e tendo eu pedido licença para o matar, por haver necessidade de provisões, consentio n'isso, pedindo-me para lhe atirar eu. O boi estava estranho, e fugio para o mato, a uns oitenta metros de nós. Indiquei ao Sova o sitio em que o ia ferir, e disparei. O boi cahio. Chimbarandongo foi ver o animal, e attentando na ferida, da qual corria o sangue, aberta entre os olhos, no sitio que eu indicava, ficou tão maravilhado, que me deu repetidos abraços no meio do seu enthusiasmo.  Pêlas 4 horas, formou-se sôbre nós tempestade violenta, que se desfez em raios e copiosa chuva, durando atéás 6 horas.


O Sova e as mulhéres recolhéram-se á nossa barraca, assim como alguns dos macotas. Chimbarandongo fez um discurso aos seus macotas, tendente a provar-lhes, que nós tìnhamos trazido a chuva, e com ella um grande beneficio ao paiz, ressequido pêlos calores do estío.


Tentámos explicar-lhe, que não tìnhamos tão grandes poderes, e que só Deus governava nos grandes phenòmenos da natureza; levando o Ivens a questão a ponto de lhe explicar como e porque chovía. Ouvindo isto, fez o Sova sair os seus macotas e mais pôvo que escutava a lição meteorològica.


Depois d'isso, tendo-se de novo reunido o pôvo, elle disse, que se deixasse de chover, indagaria qual dos seus sùbditos tirara a chuva, e o castigaria de morte. Nôvo discurso da nossa parte contra a pena capital; e nôva ordem de despejo da parte d'elle, que, a pesar do meio embriagado, tinha tino bastante para não comprehender que as nossas theorías não quadravam ao seu systema governativo.


Ao anoitecer retirou-se do modo o mais còmico, indo acavallo em um dos seus conselheiros, que levava as mãos nos hombros de outro; e como estivessem tôdos embriagados, a cada passo perdiam o equilibrio, ameaçando com a queda partir a cabêça ao seu soberano.


Este règulo é sensato e homem de bom juizo. Não acredita em feitiços; nem acreditava que nós lhe tivessemos trazido a chuva; mas convem-lhe apparentar que o crê, para não perder o prestigio entre os seus, que só assim querem ser governados.


No seguinte dia, vindo elle despedir-se de nós, me disse, que a sua polìtica era ser amigo dos brancos; pois que das bôas relações com elles provinha a roupa com que se cobria, e as armas e a pòlvora com que continha em respeito os seus inimigos.


"Sem os brancos," me disse elle, "nós somos mais pobres que os animaes; porque a elles temos de tirar as
pelles para nos cobrirmos; e sam bem loucos os prêtos que não cultivam a amizade dos filhos do Puto."


A libata ou povoação de Ngóla é fortemente defendida por uma dupla palissada feita com arte, que tem até uma das faces dentada para cruzamento de fogos. É tão vasta que pôde conter tôda a povoação do paiz, que ali se recolhe, em caso de guerra, com seus rebanhos. O ribeiro Cutóta corre dentro d'ella, fazendo que possa resistir a longo assedio sem receiar a sêde.


Deixando Ngóla, caminhámos por duas horas a N.E., e encontrámos o Cúe, o maior dos rios, que corre entre Quillengues e Caconda. No sitio em que tentámos a passagem tinha elle 15 metros de largo por 3 a 4 de fundo, não dando por isso vao. A chuva torrencial da vèspera, augmentando-lhe o volume d'àgua, tinha tornado impetuosa a corrente.  Uma ponte de finos troncos de arbustos, offerecia uma perigosa difficil passagem aos homens carregados... Continua...


in 
COMO EU ATRAVESSEI ÀFRICA DO ATLANTICO AO MAR INDICO,  DE BENGUELLA Á CONTRA-COSTA, A-TRAVÈS REGIÕES DESCONHECIDAS . Por SERPA PINTO

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LIVRO: História e cultura afro-brasileira

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História e cultura afro-brasileira

 Escrito por Regiane Augusto de Mattos

Cronologia Colonização portuguesa no século XIX. Pernambucanos en Angola





A Colonização Portuguesa no Século XIX à Luz da Estratégia*
Tenente‑Coronel Pil Av João José Brandão Ferreira**
** Sócio Efectivo da Revista Militar


Anexo A

Cronologia
Colonização portuguesa no século XIX

1801 – Fundação da Escola de Medicina e Cirurgia de Goa
– Guerra das Laranjas com a Espanha (27 de Fevereiro). Anulação do Tratado de Badajoz.
1804 – Napoleão reconhece a neutralidade de Portugal.
1807 – Junot invade Portugal (I invasão francesa).
1808 – Convenção de Sintra que sela a expulsão de Junot e do resto do seu exército.
– Criação do Banco do Brasil.
1809 – Soult invade Portugal (II invasão francesa).
1810 – Massena invade Portugal (III invasão francesa).
– Tratado Comercial entre Portugal e Inglaterra.
1814 – O Papa restabelece a Companhia de Jesus, que havia sido suprimida em 21/7/1773, mas o governo português declara à Santa Sé que não consente a sua readmissão.
1815 – Congresso de Viena.
O Brasil é elevado a Reino.
1816 – Exportam-se menos da sexta parte dos tecidos de lã que se expor­tavam em 1796.
1817 – É estabelecida uma feitoria em Banguecoque, no Sião.
O Conde de Rio Pardo funda a Academia Militar de Goa.1820 – Inicia-se a navegação a vapor e melhoram consideravelmente as ligações entre todas as parcelas do território nacional.
1821 – Equiparação do território continental e do Brasil como área igual­mente válida para o exercício da soberania nacional, quer no aspecto político, quer no aspecto sócio-económico.
– Extinção do Tribunal do Santo Ofício.
1822 – Independência do Brasil.
– O Brasil proclama a Independência a 7 de Setembro.
1823 – Fundação da Fábrica de Vista Alegre.
– O Conselho Ultramarino, que se havia deslocado para o Rio em 1807, regressa a Lisboa.
1823 – Tratado de Paz entre Portugal e o Brasil.
1825 – Reconhecimento da Independência do Brasil.
1830 – Em Goa, o Governador é elevado a Vice-Rei, sendo o último Governador a usar esse título.
1832 – D. Miguel dá existência legal a jesuítas franceses que haviam entrado em Portugal e entrega-lhes o colégio das Artes.
– Legislação de Mouzinho da Silveira que em relação ao Ultramar provocou uma mudança na divisão administrativa que deu origem ao termo “Província” que, até 1835, passaram a ter à sue frente os “Perfeitos”.
1833 – A Alfândega da Casa d Índia criada em 1630, é extinta e incorporada na “Alfândega Grande” de Lisboa (17 de Novembro).
– É extinto o Conselho Ultramarino.
– Portugal corta relações com a Santa Sé (5 de Agosto).
– Publicação do Código Comercial, de Ferreira Borges.
1834 – As dioceses de Calcutá e Madrasta são separadas do Padroado.
– Extinção das Ordens Religiosas e nacionalização das suas casas e bens tanto na Metrópole como no Ultramar.
– Fundação das Associações Comerciais de Lisboa e Porto.
– Os negócios do Ultramar, até aqui tratados por Secretaria de Estado própria, são distribuídos pelas diversas Secretarias do Reino, Justiça, Fazenda, Guerra, Estrangeiro e Marinha, segundo a sua natureza.
1835 – Os “Perfeitos” das províncias ultramarinas são substituídos por “Gover­na­dores” e é criada a Secretaria de Estado dos Negócios do Ultramar, anexada à Secretaria da Marinha.
1836 – Sá da Bandeira num relatório às cortes (19-II) afirma a necessidade de:
– Reformar inteiramente a legislação colonial; organizar o Ministério do Ultramar; sustar a saída de mão-de-obra para o Brasil; estabelecer europeus na Guiné, Angola e Moçambique que se dediquem à agricultura e à indústria;
– Sá da Bandeira considera que o investimento dos nossos meios humanos, materiais e técnicos nos territórios africanos passa a ser um objectivo nacional a promover com urgência para evitar a cobiça e a concorrência dos grandes estados europeus;
– O Decreto de 4 de Dezembro refere “domínios africanos” e “domínios asiáticos”;
– Os Governadores Gerais têm competência administrativa de gover­nador civil e a competência militar dos generais de província, tendo todas as autoridades provinciais, subordinadas, excepto as judiciais e são coadjuvados por um Conselho de Governo;
– Sá da Bandeira, relata a necessidade de um órgão colegial para se ocupar dos negócios ultramarinos;
– Situação agitada em Goa.
– É publicada, pelo ministro Vieira de Castro, a primeira Carta orgânica de Administração Ultramarina (7 de Dezembro) em que os territórios africanos são agrupados em três Governos Gerais e um Governo Particular – Cabo Verde (incluindo a Guiné); Angola e Moçambique; S. Tomé e Príncipe, dependente de S. João Baptista de Ajudá constitui um Governo Particular; e os territórios asiáticos constituem um Governo Geral com sede no Estado da Índia do qual dependem Macau e Timor. Os Governadores Gerais têm competência administrativa de governador civil e competência militar dos generais de província, tendo todas as autoridades provinciais subordinadas, excepto as judiciais, e são coadjuvadas por um Conselho de Governo.
– Proibição de exportação e importação de escravos nas colónias portuguesas ao Sul do Equador.
– Proibição de importação e exportação de escravos das colónias portuguesas a sul do Equador.
1837 – Os franceses na Guiné, ocupam toda a margem esquerda do Casamansa.
– Honório Barreto ratifica a posse da Ilha de Bolama (Dezembro);
– Almeida Garrett, seguindo a orientação de Bernardo Sá Nogueira, na Câmara dos Deputados, nota a falta de um corpo consultivo que apoie a política ultramarina (31 de Março).
– É restabelecida a ordem em Goa, Damão e Diu (Novembro).
1838 – O Tenente britânico Kelly aprisiona, em Bolama, para cima de duzentos escravos e afixa um edital a declarar que Bolama é britânica.
– Sá da Bandeira dá ordem para construir dois fortes na margem sul do Casamança (21 de Junho).
– Criada uma companhia de navegação para ligar o Reino a Angola;
– Criadas, na Secretaria de Estado da Marinha e dos Negócios do Ultramar, duas secções distintas: a da Marinha e do Ultramar (25 de Maio).
1839 – Volta o Tenente Kelly a Bolama para saquear os bens portugueses da ilha e comunica ao Governador de Bissau, que Bolama e todo o arquipélago dos Bijagós pertencem à Inglaterra.
– A Inglaterra acusa o Estado da Índia de acolher rebeldes fugidos de Bombaim e propõe a cedência de Goa, Damão e Diu à Companhia das Índias Orientais, o que Sá da Bandeira, em nome da Rainha, recusa energicamente (12 de Março).
– A Inglaterra insiste oferecendo a quantia de 500 000 libras, o que volta a ser recusado.
– São publicados em decreto, uma carta régia em que a Rainha autoriza a fundação da “Associação Marítima e Colonial com as secções de Marinha Militar, Colónias e Marinha Mercante (5 e 21 de Nov.)
– Fundação da Associação Marítima e Colonial com as secções de Marinha Militar, Colónias e Marinha Mercante.
1840 – Início da colonização de Moçâmedes.
– Bernardo de Sá Nogueira apresenta na Câmara dos Senadores um projecto de lei restabelecendo o Conselho Ultramarino (10 de Junho), que não se chegou a votar.
1841 – A Academia Militar de Goa é transformada na “Escola Matemática e Militar”.
– São reatadas as relações com a Santa Sé.
– É enviado para a Índia o “Batalhão Provisório” de tropas do reino para reforçar a guarnição do Estado.
1842 – Novo código Administrativo aplicável ao Ultramar.
– Tratado com a Inglaterra destinado á abolição da escravatura.
– A tripulação do vaso de guerra inglês Pluto, saqueia a ilha das Galinhas e Bolama (Março).
– O Tenente Lapidje vai a Bolama e dirige uma proclamação à população declarando que Bolama é britânica (Maio).
– O Governador do Estado da Índia fracciona o Batalhão Provisório do Reino e manda um destacamento para Macau, para garantir a neutralidade do território perante a guerra entre a China e Inglaterra. As tropas revoltam-se e não cumprem a ordem, que acaba por ser revogada pelo Conselho de Governo, dado ter o Governador entre­gado o poder ao Conselho.
1843 – O explorador Joaquim Rodrigues Graça é enviado ao interior da província de Angola a demandar as cabeceiras do Rio Sene e o Bié. Pangim, no Estado da Índia, é elevada à categoria de cidade com o nome de Nova Goa.
1844 – Fundação da Companhia Nacional dos Tabacos e da Companhia das Obras Públicas. O Porto de Luanda é aberto à marinha de comércio estrangeiro.
– Macau e os estabelecimentos de Solôr e Timor passam a constituir uma só província, independente do Estado da Índia.
– Decreto de 20 de Novembro, determina que os territórios do Pacífico passam à categoria de província, ficando separados da tutela do Governo da Índia, que inclui a cidade de Macau e os estabelecimentos de Solôr e Timor.
– Criação da Repartição de Saúde Pública e organização do Serviço de Saúde, em todas as províncias ultramarinas;
– O porto de Luanda é aberto à Marinha de comércio estrangeiro.
– É ratificada a criação da Escola Médico-Cirúrgica de Goa pelo Reino (11 de Janeiro).
1846 – Rodrigues Graça penetra no Catanga.
1847 – Os ingleses voltam a cortar o pau da bandeira portuguesa em Bolama.
Colonos portugueses partem do Recife (Brasil) para Angola, onde fundam a Cidade de Moçâmedes (23 de Maio).
– Procedentes de Pernambuco, no Brasil, chegam a Moçâmedes, An­gola, os primeiros colonos portugueses (4-VIII).
1848 – Acordo com a Santa Sé para a reintrodução de ordens religiosas em Portugal.
1849 – Chega a Moçâmedes o primeiro grupo de colonos.
1850 – Na Madeira dá-se o colapso do vinho, passando a ter maior interesse pelo açúcar. Desponta o turismo, em especial para a cura da tuberculose.
– O Governo de Solôr e Timor é separado de Macau.
– Nova proposta nas Cortes para a criação do Conselho dos Negócios Ultramarinos (15 de Março).
1851 – Fontes Pereira de Melo cria o novo Conselho Ultramarino.
– Nova investida inglesa em Bolama.
– O Governador de Timor, exorbitando das suas prerrogativas, conclui com a Holanda um tratado pelo qual concede a Ilha das Flores e o Arquipélago de Solôr. O governador embarca sob prisão para o Reino e acaba por morrer em Batávia.
– As forças militares da Índia dispõem de quatro corpos de infantaria, um de artilharia, uma corporação de engenheiros, uma guarda municipal, fortalezas artilhadas e guarnecidas, dois arsenais, um do exército e outro da marinha, uma fábrica de pólvora e uma Escola Militar.
1852 – Criação do Ministério das Obras Públicas, Comércio e Indústria.
– É delimitada a fronteira de Goa.
– Regimento do Conselho Ultramarino; a 6ª Secção trata da Guerra e Marinha (29 de Dez.).
– Silva Porto explora o Bié e o alto Zambeze, onde acolhe Livingstone, passa a Cabinda, onde encontra Henry Stanley e depois ao Barotze.
1853 – A Rainha tenta salvaguardar as missões, ficando a da China a cargo do Seminário do Bombarral; as de África, do Seminário de Luanda e as da Índia confiadas ao clero de Goa.
– Tentativa mal sucedida, de reforma administrativa do Ultramar, da iniciativa de Almeida Garrett, pela qual cada colónia teria a sua lei orgânica especial, adaptada às condições locais.
– Nova tentativa inglesa para se apoderar de Bolama.
– Silva Porto atinge o Lui, no Barotze, e daí envia para leste o pombeiro João da Silva.
– Houve que fazer frente a acções inglesas para dominar o Ambriz e Cabinda.
1854 – É publicada uma lei que considera libertos os escravos pertencentes ao Estado, estabelecendo também a libertação de todos aqueles que foram importados por via terrestre para quaisquer domínios em Portugal.
1855 – Na Índia, tropas portuguesas e inglesas colaboram na repressão de uma revolta, na zona fronteiriça.
1856 – A Companhia União Mercantil estabelece as primeiras carreiras regulares, a vapor, da Metrópole para Angola.
1856 – Concessão de liberdade a todos os escravos que desembarquem no conti­nente, ilhas adjacentes, Índia e Macau (5 de Junho).
– Inauguração do primeiro troço dos Caminhos-de-Ferro Portugueses de Lisboa ao Carregado.
1857 – Criação, em Huíla, de uma colónia militar agrícola.
– É publicada a Concordata entre Portugal e a Santa Sé que mantém o Padroado da Coroa Portuguesa em relação à China a partir de Macau e na Índia em relação às Igrejas de Goa, Granganor, Cochim e Malaca (21 Janeiro).
– Questão da barca Charles et Georges.
1858 – É publicado o decreto que fixa o termo da escravidão para daí a 20 anos.
– A Companhia União Mercantil estabelece as primeiras carreiras regulares a vapor, da metrópole para Angola.
– Voltam os ingleses a Bolama.
1859 – Reorganizada a administração superior dos negócios da marinha e do ultramar. É instalada pelos ingleses, a primeira linha telegráfica ligando Pangim a Bombaim.
1860 – Reorganizada a Administração Superior dos Negócios da Marinha e do Ultramar e publicado o Plano de Reorganização da Secretaria de Estados dos Negócios da Guerra (6 e 22 de Novembro).
– Voltam os ingleses a Bolama, nomeando um Governador que é rejeitado.
1861 – Tratado de Tien-Tsin, entre Portugal e a China em que esta reconhece Macau como colónia portuguesa.
– É renovada a tentativa de estabelecimento dos ingleses na baía de Lourenço Marques.
– Os ingleses afirmam que não havia em Bolama um só português.
– O governo inglês decidiu incorporar Bolama na Colónia da Serra Leoa.
1862 – É fundada em Macau uma Escola de Pilotos.
– Através do Tratado de Tien-Tsin, o governo da China reconhece Macau como território Português (13 de Agosto).
1863 – É delimitada a fronteira de Nagar-Aveli.
1864 – Monopólio do Tabaco.
– A China afirma que Macau não pode deixar de ser território chinês.
1865 – É abolida a escravatura em Macau.
– Fundação da Companhia União Fabril.
1866 – O Governador de Cabo-Verde decidiu libertar Bolama do domínio inglês.
1867 – Abolida a pena de morte em Portugal.
1868 – É extinto, novamente, o Conselho Ultramarino e criada em sua substituição a Junta Consultiva do Ultramar (9 de Novembro).
– A 13 de Janeiro é assinado em Lisboa um protocolo que escolhe como árbitro para resolver o caso de Bolama, o Presidente dos EUA, Ulisses Grant.
1869 – Aprovação da Nova Carta Orgânica da Administração Ultramarina, na qual predominava a orientação assimiladora. O Ultramar ficou divi­dido em 6 províncias: Cabo Verde, que compreendia a Guiné; S. Tomé e Príncipe com S. João Baptista de Ajudá; Angola; Moçambique; Estado da Índia, Macau e Timor. Cada uma delas era governada por um Governador com atribuições civis e militares e eram Governa­dores‑gerais as de Cabo Verde, Angola, Moçambique e Estado da Índia que tinham junto, um Conselho do Governo e uma Junta Geral da Província.
– Rebelo da Silva abraça a pasta da Marinha e Ultramar e constitui uma comissão para estudar a reforma das instituições administrativas do Ultramar, da qual resultou a aprovação por decreto (1.12.69) da nova Carta Orgânica da Administração Ultramarina, na qual predominava a orientação assimiladora. O Ultramar ficou dividido em seis províncias: Cabo Verde ou Senegambia portugue­sa, que continuava a compreender a Guiné; S. Tomé e Príncipe, com S. João Batista de Ajudá; Angola; Moçambique; Estado da Índia, Macau e Timor. Cada uma delas era governada por um Governador com atribuições civis e militares e eram Governadores-gerais os de Cabo Verde, Angola, Moçambique e Estado da Índia, que tinham junto um Conselho do Governo e uma Junta Geral da Província.
– É decretada a extinção definitiva da escravatura em todos os domínios portugueses (23 – II).
– Em Goa são extintos o Arsenal do Exército e a Fábrica da Pólvora (25 de Novembro) e várias Companhias do Exército da Índia (2 de Dezembro).
1870 – É assinada a 2 de Abril a Sentença Arbitral por Ulisses Grant, presidente dos EUA, que reconhece os direitos portugueses sobre Bolama (que os ingleses reivindicavam para si).
– Revolta das forças militares da Índia.
1871 – Fundação da Empresa Insulana de Navegação.
– É enviado para a Índia um Batalhão comandado por D. Augusto, irmão do Rei.
1872 – Campanha militar dos Dembos (Angola).
– Chega a Goa o navio Índia com o Batalhão expedicionário (3 de Março); amnistia decretada em nome do rei e inicia-se a extinção e redução das forças do exército da Índia.
1874 – Início do estudo da linha-férrea de Luanda-Malange (Decreto de 9 de Dezembro).
1875 – Por arbitragem da França (Presidente Macmahon), ficam aprovados os direitos portugueses sobre as terras de Lourenço Marques.
– Fundada a Sociedade de Geografia.
1876 – É proposta, em sessão na Sociedade de Geografia de Lisboa, a viagem da travessia do continente africano por Hermenegildo Capelo, Roberto Ivens e Serpa Pinto.
1877 – Serpa Pinto vai de Benguela ao Bié e estuda as nascentes do Cuanza.
– Capelo e Ivens percorrem as regiões de Benguela e as terras de Iaca, determinando os cursos dos rios Cubango, Luando e Tohicapa (início da expe­dição);
– Visita do Rei D. Luís I às possessões da África Ocidental portuguesa.
1878 – Portugal e Inglaterra firmam um tratado, por 12 anos, para que o Comércio do Sal e Sura (álcool) no território português do Estado da Índia fosse controlado por Bombaim, para evitar o contrabando.
1879 – A Guiné é separada administrativamente de Cabo Verde, estabele­cendo-se a sua capital em Bolama.
1880 – É firmado um acordo monetário com o governo inglês para igualar a nossa moeda de Goa com a da índia inglesa (12 de Abril).
– É organizada a Empresa Nacional de Navegação.
1881 – Fundação de Humpata (Angola).
– O ministro Júlio Vilhena, tenta substituir a Carta Orgânica de Rebelo da Silva pelo Código Administrativo, que nunca chegou a vigorar. Mantinha a orientação assimiladora, embora procurando atenuá‑la, preconizando o alarga­mento da competência dos Governadores‑gerais e a inclusão de dois vogais indígenas no Conselho do Governo.
1882 – Apresentado o projecto do caminho-de-ferro de Luanda-Malange.
1883 – Constituída em Lisboa a “Associação auxiliar da missão ultramarina”.
1884 – Assinatura em Londres (26 de Fevereiro), de um tratado no qual se reconhece a soberania portuguesa nas regiões das duas margens do Zaire, até às fronteiras do novo Estado do Congo.
– Fundação em Portugal da primeira fábrica de adubos químicos, na Póvoa de Santa Iria.
– Início da Conferência de Berlim.
– Primeiros colonos da Madeira para Angola.
– Henrique de Carvalho explora a Lunda.
– Portugal aceita o convite para participar na Conferência de Berlim, convocada pelo Chanceler Bismark, enviando uma delegação constituída por António de Serpa Pimentel, Luciano Cordeiro, Marquês de Penafiel, Carlos du Bocage e os Condes de São Mamede e de Penafiel.
– Expedição ao Niassa (Moçambique).
– Início da actividade em Lisboa das “Irmãzinhas dos Pobres”.
– A região africana do Sudoeste Africano, actual Namíbia, é considerada protectorado da Alemanha.
– A Grã-Bretanha reconhece a Associação Internacional do Congo (16 de Dezembro).
1885 – Fim da Conferência de Berlim.
– Autorizada a construção e exploração do caminho-de-ferro Luanda‑Malange (16 de Julho).
– É estabelecido o Estado do Congo, sob posse pessoal do Rei Leopoldo II da Bélgica (5 de Fevereiro).
– Portugal e a Associação Internacional Africana assinam a Acta de Berlim, que cria o Estado Livre do Congo (26 de Fevereiro).
– A Grã-Bretanha proclama o protectorado sob a Bechuanalândia do Norte, pondo termo à República Stelland, na África do Sul (28 de Fevereiro).
– A Alemanha anexa o Norte da Nova Guiné e o Arquipélago de Bismark (17 de Maio).
1886 – Mapa Cor-de-Rosa.
– Inicio da construção do caminho-de-ferro Luanda-Malange (31 de Outubro).
– Assinada em 23 de Junho, nova concordata, principalmente voltada para o Padroado da Índia.
– As fronteiras entre Angola e o Congo francês, são definidas por uma convenção luso-francesa (12 de Maio).
1887 – Conclusão da linha do Douro.
– É publicado o Projecto de lei de Fomento Rural, de Oliveira Martins.
– Início de uma grave crise financeira em Portugal.
– Inauguração da Ponte de D. Luiz no Porto.
– Chegaram a Lisboa as primeiras Irmãs de Santa Doroteia.
1888 – António Maria Cardoso chega ao Niassa, onde instala a sua missão de estudo.
– Fundação da Companhia de Moçambique.
– Oferta de El Rei D. Luís I, de um cálice de prata ao Papa Leão XIII por ocasião do Jubileu Sacerdotal.
– Restauração da Ordem Beneditina em Portugal.
– 16 de Abril, segunda peregrinação a Roma presidida por D. João Rebelo Cardoso de Meneses, Arcebispo de Larissa.
– Primeira fábrica de tintas e vernizes.
– Código Comercial.
– A China acaba por ratificar o acordo de Tien-Tsin, de 13 – VIII – 1862, confirmando assim, o artigo que estipula a “perpétua ocupação de Macau por Portugal” (26 de Maio).
1889 – Paiva Couceiro ocupa o Barotze.
– Congresso católico no Porto.
– A linha-férrea do Sul chega a Faro.
1890 – Ultimato Inglês (11 de Janeiro).
– Paiva Couceiro empreende a exploração do Bailundo ao Mussúlo (Cubango).
– Mouzinho de Albuquerque inicia o governo do distrito de Lourenço Marques.
– A Companhia Alemã da África Oriental cede os seus direitos territoriais à Alemanha (28 de Outubro).
– Assinatura do acordo Anglo-Português sobre o Zambeze, garantindo aos ingleses o controle total da região e alguns Direitos Coloniais sobre o Congo (14 de Novembro).
1891 – Em Portugal, António Enes é nomeado Comissário Régio para a província de Moçambique.
– Criação de uma companhia majestática – Companhia do Niassa – para a ocupação e exploração da zona correspondente ao antigo distrito de Cabo Delgado, que inclui a região do Niassa (Moçambique).
– Introduzida em Portugal a “Associação de Orações e Boas Obras pela Conversão dos Pretos”.
– Tratado de 2 de Junho, entre Portugal e Inglaterra, em que se instituía a liberdade de culto e ensino religioso na África Oriental e Central.
– Congresso Católico em Braga.
– Conclusão da linha do Oeste.
– Crise financeira e bancária.
– Decreto sobre a regulamentação do trabalho dos menores e das mulheres nos estabelecimentos industriais.
– É denunciado o Tratado Luso-Britânico de 1878.
1892 – Mouzinho de Albuquerque deixa o governo do Distrito de Lourenço Marques.
– Artur de Paiva explora o Cunene a partir de Humpata.
– Decreto especial para a Guiné (25 de Maio) a modificar algumas normas da Carta Orgânica de 1 – XII – 1869.
– Decreto especial para Cabo Verde (24 de Dezembro) a modificar algumas normas da Carta Orgânica de 1 – XII – 1869.
– Criação da Companhia da Zambézia.
– O Papa Leão XIII ofereceu à Rainha D. Amélia, a rosa de ouro, entregue em Lisboa a 4 de Julho.
– Tratado e “modus vivendi” com o Gabinete de Londres (África Oriental).
1893 – Conclusão dos acordos luso-espanhóis sobre assuntos económicos sobre pesca e acesso aos produtos coloniais, que dão largas vantagens à Espanha.
1894 – Revolta de Macequeque, em Moçambique.
– É concluído o caminho-de-ferro Lourenço Marques (Maputo)-Ressano Garcia (Transval) (89 Km).
– Fundação da revista católica “Portugal em África”, órgão das missões do Espírito Santo;
– Fundação do Centro Católico com o propósito de difundir as teses de Leão XIII.
– Primeira fábrica de cimento – a Fábrica Tejo, em Alhandra.
1895 – Combates de Marracuene, Magul e Chaimite (Moçambique).
– Prisão de Gungunhana (Moçambique).
– Revolta dos soldados maratas na Índia (13/14 de Novembro); organiza-se na Metrópole uma expedição para debelar a revolta, comandada pelo Infante D. Afonso que chega a Pangim, em 13 – XI.
– 25 de Julho – Congresso Católico Internacional, realizado em Lisboa, por ocasião do 7º centenário de Stº António.
– Fundação da Voz de Stº António.
– Congresso Antoniano, para comemorar o 700º aniversário de Stº António.
1896 – Batalha contra os Namarrais (Naguema, Ibrahimo, Mucuto-muno e Calapute), em Moçambique.
1897 – Combates de Mapulanguene e de Macontene (Moçambique).
– Acentua-se a crise financeira em Portugal.
– Decreto especial para Timor (30 de Dezembro), que altera a Carta Orgânica de 1 de Dezembro.
1898 – Estabelecimento da feitoria de Manica (Moçambique).
– Ingleses e Alemães iniciam (3 de Julho) conversações a que Portugal era alheio, em que se falava em Cabo Verde e Timor.
– Os ingleses aceitam as objecções por recearem o agravamento da situação no Transval e não desejarem hostilizar a Alemanha.
– O governo inglês comunica ao Ministro português em Londres que “tinham sido respeitados os direitos de soberania de Portugal e suas Colónias...” e que a Alemanha tinha resolvido subscrever uma parte do empréstimo, se Portugal o pedisse, com a garantia das suas colónias.
– O empréstimo alemão seria garantido: com o Norte de Moçambique a partir do Zambeze; com a parte Sul de Angola, não incluída na esfera inglesa; e com Timor.
– Entrada em funcionamento do Caminho-de-ferro da Beira (Moçambique) (Novembro).
– Tentativas de Portugal para obter um empréstimo em Londres.
1899 – O desencadeamento do conflito Anglo-Boer dá a oportunidade ao Marquês de Soveral de retomar as conversações com Lord Salisbury e de neutralizar o efeito das conversações anglo-alemãs que não conhece em pormenor, mas que sabe serem preparatórias de uma partilha das possessões portuguesas em África e na Oceânia.
– Este diplomata consegue obter uma declaração secreta, em 14 de Outubro de 1989, conhecida por Tratado de Windsor, em que se reforçam os tratados de aliança de 1642 e 1661 e pela qual nos obrigámos a não autorizar a importação e passagem de armas e munições de guerra destinadas à República da África Meridional (Transval), através do território de Moçambique, e a não proclamar a neutrali­dade, em caso de guerra, entre a Inglaterra e aquela República.
– Concluído o Caminho-de-ferro Beira-Umtali (Rodésia do Sul).
– Fundado em Roma, junto da Pontifícia Universidade Georgiana o “Colégio Português”.
– Portugal tenta negociar um empréstimo com a França e surge a hipótese de hipotecar as alfândegas dos Açores. Os EUA revelam pela primeira vez interesse pelos Açores e os ingleses opõem-se a tal hipoteca (7 de Dezembro).
1900 – I Congresso Colonial Nacional, no qual foi apresentado o Estudo Sobre Administração Civil das Nossas Possessões Africanas, de Eduardo Costa.
– 12 de Maio – Terceira peregrinação a Roma presidida pelo Cardeal Patriarca.
1901 – Decreto de 18 de Abril que tenta regular os institutos religiosos.
– Fundação do Centro Académico da Democracia Cristã, na Universi­dade de Coimbra.
1902 – Autorizada a construção e exploração do caminho-de-ferro de Benguela (28 de Novembro).
– Submissão e prisão do régulo Cambuemba, da Zambézia, na campanha do Barué.
– Surgem num jornal açoreano referências à passagem dos Açores para os EUA.
– É feita a concessão do Caminho-de-ferro de Benguela a Robert Williams.
– Expulsos os religiosos do Convento do Quelhas para aplacar os Centros Republicanos.
– Fundação da revista “Brotéria” órgão dos jesuítas.
– Fundação em Lisboa da Associação Promotora da Educação e Instrução Popular que, em 1907 passou a chamar-se Liga de Acção Social Cristã e donde emanou, em 1924, a Juventude Católica Feminina.
– Linha-férrea de Beja a Pias e Moura.
– As Companhias Reunidas de Gás e Electricidade começam a efectivar o plano de alargamento da luz eléctrica a toda a cidade de Lisboa.
– É celebrado o contrato com o BNU para atribuição do privilégio da emissão de notas no Ultramar.
1903 – A Empresa Nacional de Navegação, que para isso recebeu um subsídio do Estado, estende as suas carreiras até Moçambique.
– Criação da Companhia de Cabinda.
– Início da construção do Caminho-de-ferro de Benguela.
– É regulada a situação da Baía de Quionga ficando na posse dos alemães, contra a vontade portuguesa, o chamado triângulo de Quionga.
– É publicado um decreto proibindo a demolição de praças de Guerra do Ultramar que, pelo seu valor histórico e arqueológico, devam ser considerados como padrões de glória (10 de Julho).
– Congresso Católico no Porto.
– Conclusão do ramal de Portimão.
1904 – Segundo Tratado de Windsor.
– Criação dos Círculos Católicos de Operários.
– Inauguração de uma Sinagoga em Lisboa, a 18 de Maio, construída com doações de Judeus.
– Conclusão da linha-férrea da Beira Baixa e do ramal Setil-Vendas Novas.
1905 – Autorizada a construção do Caminho-de-ferro de Moçâmedes (27 de Maio) e início dos trabalhos (28 de Setembro).
– Conclusão da linha-férrea de Estremoz a Vila Viçosa.
1906 – É criada uma Escola Colonial na Sociedade de Geografia de Lisboa (16 de Fevereiro).
– Exposição de produtos coloniais.
– Um decreto de 14 de Setembro afirma “ao contrário do que se diz – que as colónias são governadas do Terreiro do Paço – o Ministério da Marinha e do Ultramar não só não governa, nem sequer tem elementos para apreciar como se governa”.
– Fundação da Escola Superior Colonial.
– O Coronel Roçadas pune os Cuamatos e João de Almeida pacifica os Dembos.
– Conclusão da linha-férrea até Vila Real de Santo António.
1907 – Operações militares contra os Cuamatos (Angola).
– Campanha dos Dembos (Angola).
– É publicada “A Questão Religiosa”, de Sampaio Bruno.
– Montagem pela CUF duma fábrica de adubos químicos no Barreiro.
1908 – Revolta do chefe dembo Cazuangongo (Angola).
– Construção do 1º troço do Caminho-de-ferro de Benguela – 197 Km.
– Criação da Juventude Católica Portuguesa.
– Conclusão da linha-férrea de Évora a Arraiolos e a Mora.
1909 – O General João de Almeida ocupa o Evale e Cafine e todo o baixo Cubango.
– Quarta peregrinação da iniciativa do Cardeal Patriarca de Lisboa António Mendes Belo.
– Concluído o Caminho-de-ferro de Luanda-Malange (1 de Setembro).
1910 – Construção do 2º troço do Caminho-de-ferro de Benguela (mais 123 Km) (7 Outubro).
– Expulsão dos Jesuítas.
– Extinção da Faculdade de Teologia e de Direito Canónico.
– Corte de relações com a Santa Sé (20 de Outubro).
– Construção do 3º troço do Caminho-de-ferro de Benguela (mais 40 Km) (31 de Julho).
– As negociações sobre a partilha das colónias portuguesas, entre alemães e ingleses, embora em ambiente informal, continuam em bom ritmo. Todas as aberturas e promessas de facilidades da Inglaterra tinham como finalidade única desencorajar os alemães de prosse­guirem no seu programa naval, que estes destinavam à participação na partilha da Ásia.
ORIGEM
foto:Macau

LIVRO Angola: mito y realidad de su colonización Escrito por Gerald J. Bender

Ao conquistar a sua independencia os angolanos tambem conquistaram o direito de escrever a sua Historia.
Eis aqui mais um livro, atraves do qual Gerard J. Bender oferece uma detalhada analise que consideramos vital para a compreensao do colonialismo portugues na complexidade das suas vertentes politicas, historicas e sociologicas.


Clicar aqui: 
Escrito por Gerald J. Bender

domingo, 26 de dezembro de 2010

Full text of "De Angola à contra-costa;" 1886

Està é urna còpia digitai de um livro que foi preservado por geracoes em prateleiras de bibliotecas até ser cuidadosamente digitalizado pelo Google, corno parte de um projeto que vìsa dispoiiibilizar livros do inundo todo na Internet. livro sobreviveu tempo sufìciente para que os direitos autorais expirassem e eie se tornasse entào parte do dominio pùblico. Um livro de dominio pùblico é aquele que nunca esteve sujeito a direitos autorais ou cujos direitos autorais expiraram. A condicào de dominio pùblico de um livro pode variar de pais para pais. Os livros de dominio pùblico sào as nossas portas de acesso ao passado e representam urna grande riqueza histórica, cultural e de conhecimentos, normalmente dificeis de serem descobertos. As marcas, observacòes e outras notas nas margens do volume originai aparecerào neste arquìvo um reflexo da longa jornada pela qual o livro passou: do editor à biblioteca, e finalmente até voce.
Dìretrizes de uso (cont...)

Full text of "De Angola à contra-costa;"  1886

Capello, Hermenegildo Carlos de Brito, 1841-1917. [from old catalog]; Ivens, Roberto, 1850-1898, [from old catalog] joint author

Os sertões d'Africa (apontamentos de viagem). Alfredo deSarmento. 1880

Esta é uma cópia digital de um livro que foi preservado por gerações em prateleiras de bibliotecas até ser cuidadosamente digitalizado pelo Google, como parte de um projeto que visa disponibilizar livros do mundo todo na Internet.

O livro sobreviveu tempo suficiente para que os direitos autorais expirassem e ele se tornasse então parte do domínio público. Um livro de domínio público é aquele que nunca esteve sujeito a direitos autorais ou cujos direitos autorais expiraram. A condição de domínio público de um livro pode variar de país para país. Os livros de domínio público são as nossas portas de acesso ao passado e representam uma grande riqueza histórica, cultural e de conhecimentos, normalmente difíceis de serem descobertos.

As marcas, observações e outras notas nas margens do volume original aparecerão neste arquivo um reflexo da longa jornada pela qual o livro passou: do editor à biblioteca, e finalmente até você.
(...)

Full text 

Clicar aqui: "Os sertões d'Africa (apontamentos de viagem)"

Campanhas de Africa contra os alemãs in Ilustração Portuguesa. 1914

http://farm4.static.flickr.com/3113/2477371296_1d685f662a_o.jpgCarregar na imagem para ver em tamanho 1555 x 2305.

A guerra em África contra os alemães. Nas imagens, um mapa do sul de Angola; ilhas de Quinua no rio Cunene; e um soba com a sua família.
Ilustração Portugueza, No. 458, Novembro 30 1914 - 8
originally uploaded by Gatochy

Ilustração Portugueza, No. 458, November 30 1914 - 7, originally uploaded by Gatochy.
Carregar na imagem para ver em tamanho 1545 x 2305.

A guerra em África contra os alemães. Nas imagens: um mapa do sul de Angola; barcos de casca de árvore no rio Cuhene, no Guinesco; e barcos gentílicos (mahuatos) no rio Cubango.
"Na luta ficaram mortos o primeiro sargento Angelo de Almeida e algumas praças e o tenente, sr. Joaquim Ferreira Durão, capitão-mór do Baixo Cubango, com séde em Cuangar, tendo desaparecido o tenente sr. Henrique de Sousa Machado."

Escravos africanos e seus senhores: usos e costumes no Brasil

Un 
Employé du Gouvern Sortant de Chez Lui avec Sa Famille (top). Une Dame 
Brésilienne dans Son Intérieur (bottom).

Um governante saindo a rua com sua familia . O interior da casa de uma dama brasileira. Origem: NYPL Digital Gallery

Escravas negras de diferentes nações. (1834-1839) Origem: NYPL Digital Gallery

Esclaves
 nègres, de différentes nations.
Escravas negras de diferentes nações. (1834-1839) 
Origem: NYPL Digital Gallery

Povos de Luanda, Angola 1912

Interior
 de Loanda. Costumes gentilicos. (Gingas). -- Hinterland of Loanda. 
Natives. -- Hinterland von Loanda. Eingeborene.

Interior de Loanda. Costumes gentilicos. (Gingas).  (1912) 
Loanda. 
Um carregador. -- A carrier. -- Ein Träger.
 

Loanda. Um carregador. 
Loanda. 
Costume. -- Fashion. -- Tracht. 
Loanda. Costume. 
 Fonte NYPL Digital Gallery

Mapas antigos de Angola

Regna 
Congo et Angola.

Reino do Congo e Angola. (1670) 
Congo. 
Angola. Cafres. Monoemugi. Monomotapa. Zanguebar & Madagascar.

Congo. Angola. Cafres. Monoemugi. Monomotapa. Zanguebar & Madagascar. (1701) 
Fonte: NYPL Digital Gallery

Postais e fotos da expedicao de H. Capello e R. Ivens .1886

A 
expedição no cabo da boa esperança. 

A expedição no cabo da boa esperança.
O 
mercado no acampamento. 
O mercado no acampamento. (1886)

As divas
 da expedição ao repatriar-se.
  As divas da expedição ao repatriar-se. (1886)

A gente 
de Liteta. 
A gente de Liteta. (1886)

Musiri, o
 chefe da Garanganja. 
 Musiri, o chefe da Garanganja. (1886)

Typo 
Ma-ussi (face). 
 Typo Ma-ussi (face). (1886) 
Homem de
 Iramba. 
Homem de Iramba. (1886) 

Typos 
Zulus. 
Typos Zulus. (1886)

Imagens do livro "De Angola á Contra-Costa; descripção de uma viagem atravez do continente africano ... por H. Capello e R. Ivens

Postais e fotos da Angola colonial

Dande. 
Fazenda "Gratidão". Uma moenda de canna. Trapiche. -- 
Plantation "Gratidão". Sugar-cane mill. -- Plantage 
"Gratidão". Zuckerrohr-Walzwerk.
Dande.Fazenda "Gratidão". Uma moenda de canna.  (1912)

Rio 
Bengo. Uma caçada ao jacaré, a 25 kilometros de Loanda. -- Bengo River. 
Alligator-hunting, near Loanda. -- Bengo-Fluss. Krokodiljagd in der Nähe
 Loanda's.
Rio Bengo (Angola). Uma caçada ao jacaré, a 25 kilometros de Loanda. (1912) 

Interior
 de Loanda. Mercado no Golungo Alto. -- Hinterland of Loanda. Market in 
Golungo Alto. -- Hinterland von Loanda. Markt in Golungo Alto.
Interior de Loanda. Mercado no Golungo Alto. -- Hinterland of Loanda.  (1912) 

Interior
 de Loanda. Costumes gentilicos. (Gingas). -- Hinterland of Loanda. 
Natives. -- Hinterland von Loanda. Eingeborene.
Interior de Loanda. Costumes gentilicos. (Gingas). 
(1912) 

Fonte:   A colonização de Angola / por J. Pereira do Nascimento e A. Alexandre de Mattos.



sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

1825. Memórias contendo a biographia do vice almirante Luiz da Motta Feo e Torres ... Por João Carlos Feo Cardoso de Castello Branco e Torres

Porque essas honras vãs, esse ouro puro ,
Verdadeiro valor não dão á gente :
Melhor he merece-los sem os ter,
Que possui-los sem os merecer.

Camoes, Lut., cant. IX , est. xcm


DISCURSO PRELIMINAR.

 Estas Memorias que dou á luz, tres objectos tenho em vista.

Na Parte primeira, publico a Biographia do meu adorado Pai, o Senhor Luiz da Motta Feo e Torres, provando depois os seos serviços, com documentos authenticos. Perpetuar a memoria dos Pais, he hum dever sagrado dos filhos em geral e muito mais rigorosa se torna esta obrigaçao, quando aquelles á maneira do meu, trabalharão toda a sua vida para lhes adquirir honra e fama. Para satifazer pois taó doce encargo, escolhi o meio que me pareceo mais proprio , qual foi o de patentear pela imprensa, a Biographia, ou hum pequeno esboço da vida e servicos do meu referido Pai, ec. Algum tanto prolixo fui, nos detalhes genealogicos da sua familia, mas para assim o ser, tive motivos particulares.

XII

A Historia das acçoes memoraveis dos Governadores e Capitaes Generaes de Angola, form. a Parte segunda.
Esta Memoria he escrita com imparcialidade e verdade, por pessoa que tev. franqueza para extrahir do Cartorio da Secretaria daquelle Governo, todos os papeis e documentos que necessitava. Com ella fui presenteada e fazendo-a imprimir, julgo render hum serviçíco á minha Patria, em tirar do esquecimento aquelle; dos seus valentes Filhos, que por combater com Negros, com molestias e privaçoes de todas qualidades, e por se distinguirem em Paizes menos conhecidos, nao deixa por isso, de serem dignos de hombrear com seus Irmaos de armas , que taõ celebre fizeraõ o Nome Portuguez, no Orbe inteiro.

Trata a Parte terceira, da Descripçao Geographica e Politica, dos Reinos de Angola e de Benguella e das suas Conquistas, a qual he tirada dos Mappas Estatisticos e de outras peças, que paraõ na minha maõ e cuja veracidade e exactidao eu affianço. Com prazer offereço á vista da minha Naçaõ, o quadro das riquezas presentes e futuras, desta soberba Colonia : oxalá! que os Portuguezes, tirassem della o proveito de que he susceptivel e que por este modo agradecessem á Providencia, o ter-lhes dado em todas as partes do Mundo, o melhor e o mais delicado quinhao.

XIII

O estilo destas Memorias, naõ he do melhores, o que pouco ademirará aquém souber, que eu naõ sou homem de letras : he tambem provável que na Orthographia, hajaõ muitos erros (por ser a obra impressa em Officina estrangeira, aonde naõ entendem Portuguez), porem o Leitor instruido , os corrigirá quando os encontrar.


O REDACTOR

. Por João Carlos Feo Cardoso de Castello Branco e Torres

Angola. Governadores: 1575 a 1975

Captain-governor Donatário
 1 Feb 1575 – Oct 1588     Paulo Dias de Novais               (b. c.1510 - d. 1588)
Governors
Oct 1588 - 1590            Luís Serrão                        (d. 1590)
1590 - Jun 1592            André Ferreira Pereira
Jun 1592 – 08 Dec 1594     Francisco de Almeida
1593 – Aug 1595            Jerônimo de Almeida
Aug 1595 - 1602            João Furtado de Mendonça
1602 - 1603                João Rodrigues Coutinho            (d. 1603)
1603 - 1606                Manuel Cerveira Pereira (1st time) (d. 1626)
1606 - 1607                Paio de Araujo de Azevedo
Sep 1607 - 1611            Manuel Pereira Forjaz              (d. 1611)
1611 - 1615                Bento Banha Cardoso
1615 – 11 Apr 1617         Manuel Cerveira Pereira (2nd time) (s.a.)
11 Apr 1617 – Nov 1617     Antonio Gonçalves Pita 
Nov 1617 - 1621            Luís Mendes de Vasconcelos
1621 - 1623                João Correia de Sousa              (d. 1626)
1623                       Pedro de Sousa Coelho
1623 - 1624                Simão de Mascarenhas
1624 -  4 Sep 1630         Fernão de Sousa                    (b. c.1570 - d. 16..)
 4 Sep 1630 - 1635         Manuel Pereira Coutinho
1635 - 18 Oct 1639         Francisco de Vasconcelos da Cunha
18 Oct 1639 - Oct 1645     Pedro César de Meneses             (d. 1674)
                             (from 1641, in opposition to Dutch rule)

Dutch Directors
1641 - 1642                Pieter Moorthamer (Mortamer)
1642 - 1648                Cornelis Hendrikszoon Ouman
Governors
Oct 1645 - May 1646        Francisco de Souto-Maior
                             (in opposition to Dutch rule)
May 1646 - 24 Aug 1648     Triumvirate Junta
                           - Bartolomeu de Vasconcelos da Cunha
                             (chairman of the Junta)
                           - António Teixeira de Mendonça
                           - João Zuzarte de Andrade

24 Aug 1648 - 1651         Salvador Correia de Sá e           (b. 1602 - d. 1688) 
                             Benavides
Oct 1651 - 1653            Rodrigo de Miranda Henriques       (b. 1600 - d. 1653)
1653 - Oct 1654            Bartolomeu de Vasconcelos 
                             da Cunha (acting)
Oct 1654 - 18 Apr 1658     Luís Mendes de Sousa Chichorro     (d. 1658)
18 Apr 1658 - 1661         João Fernandes Vieira              (b. c.1613 - d. 1681)
1661 - 20 Aug 1666         André Vidal de Negreiros           (b. 1606 - d. 1680)
20 Aug 1666 - Feb 1667     Tristão da Cunha
Feb 1667 - 1668            Junta
                           - António de Araujo de Azevedo
                           - Paulo Rebello da Cunha
                           - Roque Vieira de Lima
                           - Paulo Valente
                           - Diogo Vaz Camello 
1668 - 1669                Junta
                           - Thomaz Borges Madureira
                           - Luiz da Silva de Motta
                           - João de Araujo
                           - João Cardozo
                           - Gaspar Zuzarte de Andrade
                           - António Rodrigues de Andrade
1669 - 26 Aug 1669         Junta
                           - João Marques de Almeida
                           - António de Estrada
                           - João de Gouvea
                           - Thomaz Figueira Bultão
                           - Henrique de Mendonça
                           - João Ferreira da Maia
Aug 1669 - 1676            Francisco de Távora, conde de Alvor 
28 Aug 1676 – 11 Sep 1680  Ayres de Saldanha de Sousa e 
                             Meneses
11 Sep 1680 – 12 Sep 1684  João da Silva de Sousa
12 Sep 1684 –  8 Sep 1688  Luís Lobo da Silva
 8 Sep 1688 –  1 Nov 1691  João de Lencastre
 1 Nov 1691 –  3 Nov 1694  Gonçalo da Costa de Alcáçova
                             Carneiro de Menezes
 3 Nov 1694 –  9 Nov 1697  Henrique Jacques de Magalhães
 9 Nov 1697 –  5 Sep 1701  Luís César de Meneses              (b. 1653 - d. 1720)
 5 Sep 1701 - Dec 1702     Bernardim de Távora e Sousa Tavares(b. c.1630 - d. 1702) 
Dec 1702 – 20 Nov 1705     Chamber Senate
20 Nov 1705 –  4 Oct 1709  Lourenço de Almada                 (b. c.1650 - d. 1729)
 4 Oct 1709 – 22 Feb 1713  António de Saldanha de Albuquerque (b. c.1670 - d. 17..)
                             Castro e Ribafria
22 Feb 1713 – 15 Jun 1717  João Manuel de Noronha
15 Jun 1717 – 22 Mar 1722  Henrique de Figueiredo e Alarcão   (b. c.1660 - d. 17..)
22 Mar 1722 – 25 Apr 1725  António de Albuquerque Coelho de   (b. c.1685 - d. 1725) 
                             Carvalho
25 Apr 1725 –  7 May 1726  José Carvalho da Costa (acting)
 7 May 1726 – Dec 1732     Paulo Caetano de Albuquerque       (d. 1732)
Dec 1732 –  1 Jan 1733     Chamber Senate
 1 Jan 1733 –  1 Apr 1738  Rodrigo César de Menezes           (b. 1673 - d. 1738)
 1 Apr 1738 – 17 Apr 1748  Joaquim Jacques de Magalhães       (d. 1748)
17 Apr 1748 – 12 Jan 1749  Governing Junta 
                           - Frei Manoel de Santa Inês        (b. 1704 - d. 1771)
                           - Victoriano de Faria e Mello
                               Varejão Castello Branco
                           - Fernando José da Cunha Pereira 
12 Jan 1749 – 31 Jul 1753  António de Almeida Soares e        (b. 1699 - d. 1761)
                             Portugal, conde do Lavradio
31 Jul 1753 – 14 Oct 1758  António Álvares da Cunha           (b. 1700 - d. 1791)
14 Oct 1758 –  6 Jun 1764  António de Vasconcelos
 6 Jun 1764 – 21 Nov 1772  Francisco Inocêncio de Sousa       (b. c.1725 - d. ....)
                             Coutinho
21 Nov 1772 –  5 Dec 1779  António de Lencastre               (b. 1721 - d. ....)
 5 Dec 1779 – 19 Dec 1782  José Gonçalo da Câmara Coutinho    (d. 1783)
19 Dec 1782 – Sep 1784     Junta                          
                           - Luiz da Anunciação e Azevedo 
                           - Joaquim Manoel Garcia de Castro  (d. 1783)
                               Barbosa (to ... 1783)
                           - Francisco Xavier de Lobão
                               
Machado Pessanha (from ... 1783)
                           - João Monteiro de Moraes          (d. 1783)
                               (for 51 days)
                           - Pedro Alvares de Andrade da
                               Cunha Azevedo e Vasconcellos
                               (after Moraes)
Sep 1784 - 1790            José de Almeida e Vasconcelos      (b. 1737 - d. 18..)
                             Soveral Carvalho e Albergaria,
                             barão de Mossâmedes
1790 - 1797                Manuel de Almeida e Vasconcelos,
                             visconde da Lapa
1797 - 1802                Miguel António de Melo             (b. 1766 - d. 1836)
1802 - 1806                Fernando António Soares de Noronha (b. 1742 - d. 1814)
1806 – Mar 1807            Governing Junta
                           - Joaquim Maria Mascarenhas Castelo
                               Branco
                           - Duarte Cabreira de Brito e
                               Arvellos
                           - Manoel Pinto Coelho
                           - Eusébio Castela de Lemos  
Mar 1807 –  7 Jul 1810     António de Saldanha da Gama        (b. 1778 - d. 1839)
 7 Jul 1810 –  3 Jul 1816  José de Oliveira Barbosa,
         (b. 1753 - d. 1844) 
                             visconde do Rio Comprido
 3 Jul 1816 –  7 Sep 1819  Luís da Motta Feo e Torres         (b. 1769 - d. 1823)
 7 Sep 1819 - 1821         Manuel Vieira Tovar de Albuquerque (b. 1776 - d. 1833)
1821 –  6 Feb 1822         Joaquim Inácio de Lima
 6 Feb 1822 –  2 Oct 1823  Bishop João Damasceno da Silva
                             Póvoas
                             (President of the Junta)
 2 Oct 1823 - 1824         Cristóvão Avelino Dias
1824 - 1829                Nicolau de Abreu Castelo-Branco    (b. 1781 - d. 18..)
1829 – 25 Jun 1834         José Maria de Sousa Macedo Almeida (b. 1787 - d. 1872)
                             e Vasconcelos, barão de Santa
                             Comba Dão
25 Jun 1834 – 20 Feb 1836  Leonardo José Vilela               (d. 1842)
                             (President of the Junta)
20 Feb 1836 – 21 Aug 1836  Domingos de Saldanha Oliveira e    (b. 1800 - d. 1836)
                             Daun 
21 Aug 1836 – Aug 1837     Governing Junta
                           - Leonardo José Vilela             (s.a.)
                           - Ant
ónio Carlos Coutinho
                           - Fernando da Fonseca Mesquita
                               e Solla, visconde de Francos   (b. 1795 - d. 1857)  
Governors-general
Aug 1837 – 25 Jan 1839     Manuel Bernardo Vidal
25 Jan 1839 – 23 Nov 1839  António Manuel de Noronha          (b. 1772 - d. 18..)
23 Nov 1839 - 1842         Manuel Eleutério Malheiro (acting)
1842 – 10 Jul 1843         José Xavier Bressane Leite         (b. 1780 - d. 1843)
10 Jul 1843 – 1844         Government Council  
                           - Carlos Augusto Franco
                           - Joaquim Ant
ónio de Carvalho e
                               Menezes
                           - Luiz Gomes Ribeiro 
                           - Ant
ónio de Azevedo Galiano   
1844 - 1845                Lourenço Germack Possolo           (b. 1779 - d. 18..)
1845 - 1848                Pedro Alexandrino da Cunha         (b. 1801 - d. 1850)
Apr 1848 - Aug 1851        Adrião Acácio da Silveira Pinto
Aug 1851 - Feb 1853        António Sérgio de Sousa            (b. 1809 - d. 1878)
Feb 1853 - Sep 1853        António Ricardo Graça
Sep 1853 - Mar 1854        Miguel Ximenes Rodrigues Sandoval  (b. 1806 - d. 1884)
                             de Castro e Viegas, visconde de 
                             Pinheiro
Mar 1854 - Oct 1854        Provisonal Junta
                           - Joaquim de São Bento Moreira Reis(b. 1812 - d. 1887)
                           - Antonio Faustino dos Santos Crespo
                           - João Jacinto Tavares

Oct 1854 - Aug 1860        José Rodrigues Coelho do Amaral    (b. 1808 - d. 1873)
                             (1st time) 
Aug 1860 - Feb 1861        Carlos Augusto Franco
Feb 1861 - Sep 1862        Sebastião Lopes de Calheiros       (b. 1816 - d. 1899)
                             e Meneses
Sep 1862 - Sep 1865        José Baptista de Andrade           (b. 1819 - d. 1902)
                             (1st time)
Sep 1865 – Mar 1866        Government Council (incomplete)
                           - José Lino de Oliveira            (b. 1803 - d. 1885)
Mar 1866 - Apr 1869        Francisco Ant
ónio Gonçalves        (b. 1800 - d. 1875)
                             Cardoso
Apr 1869 - Jun 1870        José Rodrigues Coelho do Amaral    (s.a.)
                             (2nd time)
Jun 1870 - Sep 1870        Joaquim José da Graça         
Sep 1870 - Mar 1873        José Maria da Ponte e Horta
Mar 1873 - May 1876        José Baptista de Andrade           (s.a.)
                             (2nd time)
May 1876 - Jun 1876        Government Council
                           - Tomás Gomes de Almeida
                           - Luis Carlos Garcia de Miranda
                           - Miguel Gomes de Almeida (1st time)
                           - Ant
ónio do Nascimento Pereira
                              Sampaio                     
Jun 1876 - Jul 1878        Caetano Alexandre de Almeida       (b. 1824 - d. 1894)
                             e Albuquerque
Jul 1878 - Jul 1880        Vasco Guedes de Carvalho e Meneses (b. 1824 - d. 1905)
Jul 1880 - Jun 1882        António Eleutério Dantas           (d. 1882)
Jun 1882 - Aug 1882        Government Council
                           - José Sebastião de Almeida Neto
                           - Miguel Gomes de Almeida 
(2nd time)
                           - Adelino Antero de Sá (1st time)
                           - Joaquim José Coelho de Carvalho Jr. 
Aug 1882 - Jan 1886        Francisco Joaquim Ferreira do      (b. 1844 - d. 1923)
                             Amaral
Jan 1886 - Apr 1886        Government Council
                           - Ant
ónio Tomás da Silva Leitão e
                               Castro
                           - Adelino Antero de Sá (2nd time)
                           - Onofre de Paiva Andrade  
                           - Guilherme Gomes Coelho                       
Apr 1886 - 25 Aug 1892     Guilherme Auguste de Brito Capêlo   (b. 1839 - d. 1926)
                             (1st time)
25 Aug 1892 - Oct 1893     Jaime Lôbo de Brito Godins (acting)
Oct 1893 - Nov 1894        
Álvaro Antonio da Costa Ferreira
                             (1st time)
Nov 1894 – Apr 1895        Francisco Eugenio Pereira de Miranda
Apr 1895 – Jun 1896        Álvaro Ant
ónio da Costa Ferreira
                             (2nd time)           
Jun 1896 - Feb 1897        Guilherme Auguste de Brito Capêlo   (s.a.)
                             (2nd time)
Feb 1897 – Apr 1897        Government Council
                           - Ant
ónio Dias Ferreira
                           - Ant
ónio Maria Vieira Lisboa
                           - José Maria Pinto da Costa
                           - Lourenço Justiniano Padrel                                     
Apr 1897 - Oct 1900        António Duarte Ramada Curto        (b. 1849 - d. 19..) 
                             (1st time)
Oct 1900 - May 1903        Francisco Xavier Cabral de         (b. 1857 - d. 19..) 
                             Moncada
May 1903 - Mar 1904        Eduardo Augusto Ferreira da Costa  (b. 1865 - d. 1907)
                             (1st time)
Mar 1904 - Dec 1904        Custódio Miguel de Borja           (b. 1849 - d. 19..)
Dec 1904 - Mar 1906        António Duarte Ramada Curto        (s.a.)
                             (2nd time)(acting)
Mar 1906 - May 1906        Ernesto Augusto Gomes de Sousa
                             (1st time)(acting)
Mar 1906 - May 1907        Eduardo Augusto Ferreira da Costa  (s.a.) 
                             (2nd time)
May 1907 – Jun 1907        Ernesto Augusto Gomes de Sousa
                             (2nd time)(acting)      
Jun 1907 - Jun 1909        Henrique Mitchell de Paiva         (b. 1861 - d. 1944)
                             Couceiro 
Jun 1909 - Aug 1909        Álvaro António da Costa Ferreira   (b. 1853 - d. 1933)
                             (3rd time)(acting)
Aug 1909 - Dec 1909        Government Council  
                           - João Evangelista de Lima Vidal   (b. 1874 - d. 1958)
                           - Manuel Pereira Pimenta de Sousa e
                               Castro
                           - Francisco Maria Cabral de França      
16 Dec 1909 - 26 Oct 1910  José Augusto Alves Roçadas         (b. 1865 - d. 1926)
26 Oct 1910 - 18 Jan 1911  Caetano Francisco Cláudio Eugénio  (b. 1868 - d. 1953)
                             Gonçalves (acting)
18 Jan 1911 - 26 Feb 1912  Manuel Maria Coelho                (b. 1857 - d. 1943)
26 Feb 1912 -  7 Mar 1912  Manuel Moreira da Fonseca (acting)
 7 Mar 1912 - 17 Jun 1912  Ant
ónio Eduardo Romeiras de Macedo  
17 Jun 1912 - Mar 1915     José Maria Mendes Ribeiro Norton   (b. 1867 - d. 1955)
                             de Matos
Mar 1915                   Mario Teixeira Malheiros (acting)
Mar 1915 - Oct 1915        António Júlio da Costa Pereira de
  (b. 1852 - d. 1917)
                             Eça                            
Oct 1915                   Government Council
                           - Manuel do Sacramento Monteiro 
                           - Alberto Barbosa de Queirós
                           - Mario Teixeira Malheiros
Oct 1915 - Apr 1916        Francisco Pais Teles de Ultra
                             Machado (acting)
Apr 1916 - 19 Oct 1917     Pedro Francisco Massano do Amorim  (b. 1862 - d. 1929)
19 Oct 1917 - 14 Sep 1918  Jaime Alberto de Castro Morais     (b. 1882 - d. 1973)
14 Sep 1918 - 10 May 1919  Filomeno da Câmara Melo Cabral     (b. 1873 - d. 1934)
10 May 1919 - Jul 1919     Ant
ónio Nogueira Mimoso Guerra     (b. 1867 - d. 1950)
                             (acting)
Jul 1919 – Apr 1920        Francisco Coelho do Amaral Reis,   (b. 1873 - d. 1938)
                             visconde de Pedralva                    
Apr 1920 - Oct 1920        Isidoro Pedro Leger Pereira Leite
                             (acting)
Oct 1920 – Mar 1921        José Inácio da Silva (acting)
Mar 1921 - Apr 1921        José de Abreu Barbosa Bacelar
                             (acting) 

High commissioners and Governors-general
Apr 1921 - Sep 1923        José Maria Mendes Ribeiro Norton   (s.a.)
                             de Matos
Sep 1923 – 14 Aug 1924     Miguel de Almeida Santos (acting)  
14 Aug 1924 - 6 Sep 1924   João Augusto Crispiniano Soares
 6 Sep 1924 - Jun 1925     Antero Tavares de Carvalho
Jun 1925 - 21 Jan 1926     Francisco Cunha Rêgo Chaves        (b. 1881 - d. 1941)
Jan 1926 - 16 Sep 1926     Artur de Sales Henriques (acting)           
16 Sep 1926 - Nov 1928     António Vicente Ferreira
Nov 1928 - Feb 1929        António Damas Mora (acting)
Feb 1929 - Mar 1930        Filomeno da Câmara Melo Cabral     (s.a.)
Mar 1930 – 31 Mar 1930     Genipro da Cunha de Eça Costa
     (b. 1878 - d. 1945)
                             Freitas e Almeida (acting)
31 Mar 1930 –  3 Jul 1930  Bento Esteves Roma                 (b. 1884 - d. 1953)
 3 Jul 1930 - 1931         José Dionísio Carneiro de Sousa
                             e Faro
1931 – 1934                Eduardo Ferreira Viana
Apr 1933 – Nov 1933        Ernesto Gonçalves Amaro
                             (acting for Viana)

1934 - 1935                Júlio Garcês de Lencastre
1935 - 1939                António Lopes Mateus               (b. 1877 - d. 19..)
Aug 1936 – Jan 1937        Vasco Lopes Alves
                             (acting for Matheus)

1939 – 1940                José Diogo Ferreira Martins (acting)
1940 - 1942                Manoel da Cunha e Costa Marques
                             Mano
1942                       Abel de Abreu Souto-Maior
1942 - 1943                Álvaro de Freitas Morna            (b. 1885 - d. 19..)
1943                       José Ferreira Rodrigues de
                            
Figueiredo dos Santos
1943                       Manuel Pereira Figueira
1943 - 1947                Vasco Lopes Alves                  (b. 1898 - d. c.1975)
1947                       Fernando Falcão Pacheco Mena
1948 - 1955                José Agapito de Silva Carvalho
Dec 1950 – Mar 1951        José Antonio Fernandes
                             (acting for Carvalho)
Aug 1951 – Sep 1951        José Antonio Fernandes
                             (acting for Carvalho)
Aug 1955 – Sep 1955        Manuel da Cruz Alvura  
Sep 1955 - Feb 1956        Manuel de Gusmão de Mascarenhas    (b. 1901 - d. ....)
                             Galvão
Feb 1956 - Aug 1959        Horácio José de Sá Viana Rebelo    (b. 1910 - d. 1995)
Aug 1959 – Feb 1960        Francisco Avelar Maia de Loureiro
                             (acting)
Feb 1960 - 1961            Álvaro Rodrigues da Silva Tavares  (b. 1915)
1961 – 14 Jun 1961         Manuel da Cruz Alvura (acting)
14 Jun 1961 – 23 Jun 1961  Carlos Miguel Lopes da Silva       (b. 1907 - d. 1961)
                             Freire (acting)
23 Jun 1961 -  8 Sep 1962  Venâncio Augusto Deslandes         (b. 1909 - d. 1985)
 8 Sep 1962 –  5 Nov 1962  Francisco M. Holbeche Fino (acting)(b. 1898 - d. 1979)
 5 Nov 1962 - 27 Oct 1966  Silvino Silvério Marquês (1st time)(b. 1918)
27 Oct 1966 - Oct 1972     Camilo Augusto de Miranda Rebocho  (b. 1920 - d. 1998)
                             Vaz
Oct 1972 - 26 Apr 1974     Fernando Augusto Santos Castro     (b. 1922 - d. 1983)
26 Apr 1974 - 25 Jun 1974  Joaquím Franco Pinheiro (acting)
25 Jun 1974 - 24 Jul 1974  Silvino Silvério Marquês (2nd time)(s.a.)
24 Jul 1974 - 28 Jan 1975  António Alva Rosa Coutinho         (b. 1926 - d. 2010)
                             (acting to 29 Nov 1974)
28 Jan 1975 -  2 Aug 1975  António Silva Cardoso              (b. 1928)
 2 Aug 1975 - 26 Aug 1975  Ernesto Ferreira de Macedo (acting)
26 Aug 1975 - 10 Nov 1975  Leonel Alexandre Gomes Cardoso     (b. 1919 - d. 1988)


Memórias contendo a biographia do vice almirante Luiz da Motta Feo e Torres ...

 Por João Carlos Feo Cardoso de Castello Branco e Torres