sábado, 4 de agosto de 2012

Subversão e Contra-subversão - As Forças Armadas Portuguesas em 1961*

 
Tenente-general José Lopes Alves*
 
 
 Últimas Campanhas do Império (1961-1975)
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Seja‑me permitido, para encerrar esta já longa comunicação, voltar ao contexto do livro de John Cann, já citado, para podermos aquilatar do que era o pensamento geral válido no exterior do País sobre a nossa última verdadeira Epopeia, que o foi, como Nação com ancestrais amarras em todos os cantos do Globo.
 
Escreveu efectivamente aquele autor o texto seguinte que também com vénia transcrevemos:
O Exército Português (deve entender‑se Forças Armadas) foi confrontado com a difícil tarefa de ganhar uma guerra de libertação nacional numa época em não era prudente conservar um império colonial, tendo entre 1961 e 1974 de se empenhar numa tarefa extremamente ambiciosa de dirigir três campanhas de Contra‑Subversão simultaneamente e não sendo um país rico nem desenvolvido – era, de longe, o menos rico da Europa Ocidental ainda com domínios ultramarinos. Mas, fê‑lo à sua maneira, a milhares de quilómetros de distância da sua Metrópole e com as suas possibilidades durante treze anos contra os insurrectos e contra o espírito do mundo que os apoiava material, doutrinária e psicologicamente”.[3]
 
Estas afirmações de John Cann constituem apenas um dos muitos testemunhos de cidadãos civis e de militares estrangeiros, cujo pensamento, acompanhando o soprar dos “ventos da história”, admiravam a disposição de Portugal de lhes fazer face e de teimar em permanecer. Os nossos militares que em visitas, cursos ou estágios tiveram oportunidade de contactar com camaradas estrangeiros de qualquer continente, mesmo africanos, nas décadas de sessenta e setenta do século passado, terão por certo ouvido, a propósito dessa missão de “teimosia” e sacrifício das nossas Forças Armadas no Ultramar, opiniões laudatórias análogas às redigidas pelo comandante John Cann.
 Cont....
 
 
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