"...Note-se que poucas décadas antes, a autoridade portuguesa não existia, (e nunca existiu) no reino do Kongo. O que existiu foi uma relação de interesses muito fortes, entre comerciantes, missionários e notáveis (Ngudykama) bakongo, ao longo de séculos esses interesses passavam essencialmente pelo domínio dos negócios da escravatura, depois do marfim e mais tarde da borracha. Foi assim com o primeiro governador de Angola, Paulo Dias de Novais, no último quartel do século XVI. A primeira machadada dada nos interesses do rei do Kongo aconteceu quando os cristãos (os jesuítas) e os judeus, ambos de acordo nesta tarefa, começaram a controlar a moeda Njimbu, o tal búzio apanhado pelas mulheres na ilha de Luanda, criando assim condições para a conquista do reino do Kongo e de Ngola.
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quarta-feira, 13 de outubro de 2021
A conquista do reino do Kongo e de Ngola
"...Note-se que poucas décadas antes, a autoridade portuguesa não existia, (e nunca existiu) no reino do Kongo. O que existiu foi uma relação de interesses muito fortes, entre comerciantes, missionários e notáveis (Ngudykama) bakongo, ao longo de séculos esses interesses passavam essencialmente pelo domínio dos negócios da escravatura, depois do marfim e mais tarde da borracha. Foi assim com o primeiro governador de Angola, Paulo Dias de Novais, no último quartel do século XVI. A primeira machadada dada nos interesses do rei do Kongo aconteceu quando os cristãos (os jesuítas) e os judeus, ambos de acordo nesta tarefa, começaram a controlar a moeda Njimbu, o tal búzio apanhado pelas mulheres na ilha de Luanda, criando assim condições para a conquista do reino do Kongo e de Ngola.
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