LEI
Livre, livre mas sem asas.
Homem apenas.
A fronte erguida
o olhar em frente
o lábio a sorrir
para a manhã...
Os passos
apenas vão seguindo
o que na rasgada treva se adivinha...
Os braços construindo
o que é flor, e é fruto,
e é semente,
e flor e fruto
de amanhã...
E vamos:
o mundo que nos leva
vai,
não fica à nossa frente.
in Poesia,
nº 10 da Colecção «Autores Ultramarinos»,
Casa dos Estudantes do Império,
Lisboa, 1961
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