1. RAZÃO DO NOME Angola
– Assim se chama porque um dos seus reis a séculos idos era chamado Ngola e dele se notabilizou uma sucessão de reis que afamaram em Angola a dinastia Ngola. Estudos arqueológicos confirmam que este país é habitado por vários reinos e etnias desde a idade da pedra.
2. LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA A República de Angola, situa-se na costa ocidental do continente africano, na sua costa austral. É um país com uma superfície terrestre de 1 246 700 Kilómetros quadrados, uma fronteira terrestre de 4 837 Kilómetros e, a Oeste uma fronteira marítima de 1 650 Kilómetros. Angola localiza-se a sul do equador e a oriente do meridiano nas seguintes coordenadas: # Latitude Norte: 4º 22Gr # Latitude Sul: 18º 02Gr # Longitude Oeste: 11º 41 # Longitude Leste: 24º 05
3. AS FRONTEIRAS O nosso país faz fronteira a Norte com a República Democrática do Congo e República do Congo; a Leste, com a República Democrática do Congo e a República da Zâmbia; a Sul com a República da Namíbia e a Oeste com o Oceano Atlântico.
4. GEOMORFOLOGIA ANGOLANA Geomorfologicamente, Angola divide-se em quatro partes: # Zona Sedimentar # Zona de transição # Zona montanhosa ( esta zona começa no município da Humpata, província da Huila e segue até em Kassongue, província do Kwanza Sul) # Zona Planáltica, também conhecida de Zona maciça ou maciço antigo.
5. CLIMA O clima é equatorial em Cabinda (província mais a norte), tropical seco e por vezes temperado nas restantes províncias do Norte e, desértico e semidesértico no sul. Page 3
6. HIDROGRAFIA Angola possui 47 bacias hidrográficas que alimentam diversos agradáveis e longos, com belas quedas, cascatas e outras surpreendentes características enquanto atravessam paisagens em todo o seu curso. Dois desses rios dão a maior alegria aos angolanos e aos turistas estrangeiros pela sua larga extensão de navegabilidade, que são os rios Kwanza e Zaire. O rio Kwanza ( nome adoptado à moeda nacional) tem um percurso de 240 quilómetros navegáveis, enquanto o rio Zaire é navegável em todos os 150 qulómetros que atravessam o nosso país, uma vez que outra parte resta no território da República Democrática do Congo ex- Zaire.
7. RECURSOS MINERAIS Angola é um país eminentemente rico em recursos minerais. Estima-se que o seu subsolo alberga 35 dos 45 minerais mais importantes no comércio mundial.
8. POPULAÇÃO No Século XV, os portugueses haviam estimado em Angola um senso populacional de 18. 000. 000 de habitantes, mas, devido ao tráfico de escravos, até ao fim da escravatura, em 1836, foram achados no país, apenas 8. 000. 000 de habitantes, o que prova que cerca de 10. 000. 000 de habitantes haviam sido vendidos noutros países povoando essencialmente a ilha de S.Tomé e Príncipe e o Brasil. Hoje, a população angolana está estimada aos 11. 000. 000 de habitantes, numa composição de 49,3% homens e 50,7% mulheres. Esta população é maioritariamente jovem, uma vez que 65% desta têm menos de 25 anos de idade. A esperança de vida é de 45 anos para os homens e, de 48 anos para as mulheres. O país enfrenta um défice de 65% de população analfabeta e outros dados revelam que 15 109 habitantes existem para um médico, sem deixar de enfatizar que maior partes de médicos está concentrada apenas em Luanda – cidade capital. Page 4
O catolicismo é a religião da maior parte da população angolana, com 68%. Além destes, existem os protestantes com 20% e outros 12% dos seguidores de crenças tradicionais. A língua oficial falada em Angola é o português. E estão em promoção oito línguas nacionais entre as inúmeras faladas no território: Umbundo Kimbundo Kicongo Nyaneka Tchokue Nganguela Kwanhama Fiote
9. BREVE SÍTESE HISTÓRICA Angola viveu cerca de 500 anos de colonização (1482 – 1975) e outros 14 anos de libertação nacional (1961 – 1975). Durante o período de colonização a grande preocupação dos colonizadores foi o forte interesse pelo comércio de escravos e em consequência disto até ao final da colonização (1975), o colono havia deixado em Angola apenas 27 angolanos licenciados, dos quais 9 eram negros. Em 1975, fruto dos acordos de Alvor em Portugal, incentivados pelo Movimento PAN-AFRICANISTA, o GRÉMIO e a LIGA NACIONAL AFRICANA foi proclamada a independência do país aos 11 de Novembro. Estes acordos, para além de determinarem a data da independência do país e o Governo de transição, elegeu-se também o Colégio Presidencial da República ora em nascimento. Mas, tudo isso para quase nada valeu visto que em 1976, meses depois da proclamação da independência, acendeu um conflito armado interno que afamou uma guerra civil sangrenta em Angola. Dezasseis anos depois (em 1992) deu-se a implantação da democracia pluripartidarista e a realização das primeiras eleições democráticas. A Constituição estabeleceu um sistema semi-presidencialista com os seguintes órgãos do estado: Presidência da República Assembleia Nacional Governo Tribunais Page 5 Anota-se que o Presidente da República tem o poder de promulgar artigos consensuais na Assembleia Nacional. As primeiras eleições democráticas foram também um fracasso, pois que terminaram no maior conflito armado em relação ao anterior. Mas, aos 4 de Abril de 2002 foram assinados os acordos de paz que agora fazem-nos angolanos prudentes e esperançosos de uma Angola una e reconstruída rumo ao progresso e desenvolvimento de todo o mundo. Esta síntese histórica, justifica que Angola é um país completamente emergente, renascendo dos vários venta vais de guerras duras que só deixaram-nos em extrema pobreza embora vivendo sobre valiosos recursos minerais. O nosso contexto é caracterizado pelos verdadeiros efeitos da guerra civil: Extrema pobreza, elevado número de crianças de rua e na rua, altas taxas de mortalidade, desemprego, injustiças e tantos outros males em que as piores vítimas têm sido crianças. Com a implantação da democracia e a essencialmente a promulgação da lei 14/91 de 11 de Maio a Sociedade Civil vem se organizando, surgindo assim Associações altruístas que ao lado do Governo e Igrejas e, o apoio reconhecido Organizações Internacionais, lutam par a passo para o progresso desta Nação angolana. Portanto, diga-se, bem claro, que as ONGs Nacionais são completamente dependentes das ajudas internacionais uma vez estarem assombradas pelos efeitos da guerra cessada a três anos atrás. São todas elas Organizações novas, apesar de entre elas se notar presença de umas mais antigas que as outras. Nenhuma Associação de carácter humanitário, de âmbito nacional e criada em Angola tem mais de 15 anos de existência legal! Mas, que se diga, também, que os esforços empreendidos por muitas das ONGs angolanas, embora desprovidas de recursos e apoios metodológicos organizacionais, revelam a boa vontade de querer ver accionada a alavanca do desenvolvimento integral do angolano e o brilhar mais proveitoso desta grande e bela pátria Angola. Nós, Organizações Nacionais parceiras da SKN-Holanda, só queremos ver o verdadeiro sorriso que a criança angolana pode dar. Lutamos e lutaremos afincadamente para que a criança seja um ser valorizado e respeitado da maneira mais certa. Page 6
10. A CIDADE DO LUBANGO Com a independência do Brasil em 1822 e das Colónias espanholas na América, o que levou à abolição da escravatura em 1836, traficantes portugueses olharam para a fraqueza da coroa portuguesa e protestaram, atenuando assim esta lei em 1858 com a criação de “prazos e etapas”. Enquanto isso, um comércio de escravos de origem angolana continuou sendo feito na clandestinidade. Porém, para a satisfação do acordo da conferência de Berlim (1884 – 1885) que dividiu a África entre as potências européias, Portugal teve de intensificar a penetração militar no interior do país para ocupar o máximo possível de territórios. Neste pensamento, começou a criar algumas colónias no interior dopais com áreas boas para o colonato. Em 1848 criou-se a primeira colónia da Região Sul, que foi a Colónia Brasileira de Moçâmedes composta por portugueses pernambucanos.
Em 1 de Agosto de 1848 chegou a “BRIGUE de GUERRA” com os primeiros 23 colonos e, logo a seguir, no dia 3 de Agosto chegou a barca brasileira de nome “TENTATIVA FELIZ” com mais 147 colonos também portugueses vindos de Pernambuco – Brasil, perfazendo um total de 170 Colonos habitantes da colónia de Moçâmedes. Com o desejo ardente de Portugal povoar o interior do país, foram-se erguendo outras colónias da Região Sul de Angola. Assim, aos 4 de Fevereiro de 1881 os Boers Holandeses se instalaram na Humpata, então região do Soba Nguimbi e formaram com a permissão do Ministro da Marinha e Ultramar em Portugal – o Visconde D. Januário, a colónia bóer de S. Januário chefiada por Jacobs Friedrich Botta, e como representante português na comunidade holandesa, foi promovido o jovem português Alferes Artur de Paiva, empossado pelo Governador do Distrito de Moçamedes – Coronel Nuno da Matta, aos 19 de Janeiro de 1882. A numerosa colónia Bóer de S. Januário, eram constituída por: 270 Holandeses 250 serviçais 2 000 cabeças de gado bovino 100 cavalos 3 000 ovelhas e cabritos, para além de gado de tracção Nos dias 19 de Janeiro de 1885, uma caravana de 222 madeirenses chegou na região do Soba Oluvango e aí instalou a colónia madeirense do Lubango, dirigida pelo português D. José Augusto da Câmara Leme. Em Agosto do mesmo ano outros 349 madeirenses chegaram no local, mas como estes não Page 7 haviam gostado da área dos Barracões e nem tão pouco do sofrimento e a vida que os da primeira leva aí passavam, entenderam ir mais ao interior e negociar terras de cultivo com os indígenas. Estes madeirenses, grandes produtores do trigo, da batata rena, cara, milho, feijão, ervilha e fava, organizaram-se e formaram um conselho rural composto por quatro colonos madeirenses encabeçados pelo português Câmara Leme.
Graças a agricultura, o Lubango nasce, desenvolve-se e prospera! Aos 26 de Dezembro de 1889, quatro anos depois da fundação da colónia do Lubango é decretado por lei o título do Lubango como vila a testa de um conselho com o mesmo nome. E, aos 15 de Agosto de 1923, aquando da inauguração do trço ferroviário Moçâmedes/Lubango e, o primeiro apitar do comboio no Lubango, a vila do Lubango ascendeu à categoria de Cidade. De lembrar que até ali as vias de comunicação terrestre não estavam asfaltadas, porque em todo o país, os serviços de asfalto das estadas começaram apenas no ano 1961 – em consequência da revolução levada a cabo pelos movimentos de libertação de Angola, que fizeram com que Portugal operasse algumas transformações no país depois dos mais de 470 anos de colonização e dominação colonial.
Este Lubango que hoje é a capital da província da Huila, contendo 14 municípios vive o contexto característico de Angola, embora notando-se nele características particulares como é o caso do clima, relevo, belezas naturais, monumentos, produção agro-pecuária e a cultura distinta do povo Nyaneka. Lubango é reconhecida, apesar de tudo, como sendo a cidade jardim de uma Angola com 18 províncias, 163 municípios e 475 comunas. Julho 2005 Sérgio Zeferino Mateus -Missionário Evangélico -“Designer” e artista de comunicação visual -Guia turístico -Coordenador Geral da CATE
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