Livro: O 25 de Abril de 1974, a revolução da perfídia
Com a chancela da Prefácio, foi editado mais um livro do general António Silva Cardoso intitulado “25 de Abril de 1974 – a revolução da perfídia”.
Nas 234 páginas do livro, o general Silva Cardoso lavra uma fortíssima acusação e denúncia sobre o golpe de estado abrilino e as repercussões que este teve para Portugal.
Na realidade, o general António Silva Cardoso é o mesmo que fez parte da Junta Governativa de Angola chefiada por Rosa Coutinho, acumulando esse cargo com o Comando da 2.ª Região Aérea. Na sequência do Acordo do Alvor foi designado Alto-Comissário (ou Alto-Corsário como dizia o Rodrigo Emílio) para o período de transição, onde se manteve até princípios de Agosto de 1975.
Ora, o sr. general António Silva Cardoso, na sua qualidade de membro da Junta Governativa de Angola chefiada por Rosa Coutinho e de Alto Comissário de Angola foi co-responsável pela criminosa e racista descolonização, pelo desmembramento do Império português e morte de milhares de portugueses que com os seus rios de sangue inundaram o solo das Províncias Ultramarinas traindo, dessa forma, o esforço de quinhentos anos de presença e soberania portuguesa no Ultramar!
Foi o autor de "Angola, Anatomia de uma tragédia", editado pela Oficina do Livro, no ano de 2000, 690 págs., em cuja capa se vê o sr. general ao lado de Melo Antunes e de Mário Soares - em que o último a assina o "acordo".
Por muito que o sr. general escreva - e já vai em cerca de mil páginas - , já não se pode voltar atrás e pedir comovidamente desculpa como o faz no Preâmbulo deste livro, remetendo-nos para "Angola, Anatomia de uma tragédia": «A resposta, pronta e inevitável, centra-se na constante, abusiva e obcecante tentativa de mistificação da História de Portugal relativamente a esse período. A minha vivência da maioria dos factos relatados e as imagens com frequência nos entram em casa mostrando o drama terrível e pungente que se tem abatido sobre o povo angolano para quem a fome, a dor, a doença, a tremenda incerteza do futuro, os estropiados e a morte são uma constante perante os olhos atónitos, incrédulos, mas também passivos, do mundo, levaram-me, num imperativo de consciência, a escrever a minha própria verdade como a tinha sentido e vivido. Quanto à segunda questão, porquê só agora, limito-me a citar um dos últimos parágrafos do livro:
Os anos passaram. Muitos outros hão-de ainda passar e a História, como se diz, fará o seu juízo.
(…) Naquilo que me diz respeito afirmo que a descolonização, tal como se cumpriu, será considerada como o episódio mais catastrófico, mais desprezável e mais estúpido de toda a História de Portugal; na parte que mais de perto me toca, eu julgo que é também meu dever contribuir para a formulação do juízo da História. E esta precisa de distanciamento em tempo para poder ser escrita.» (Pág. 21/22)
Assim é. Já passaram trinta e quatro anos. Duas gerações quebraram um elo de quinhentos anos de laços históricos e o sr. General foi um dos que contribuiu para essa trágica realidade!
Demasiado tarde, rios de sangue correram nas províncias ultramarinas de África que desaguaram no oceano Atlântico e no oceano Índico!
Escreve o sr. general: «Omitia a Dr.ª Maria Barroso que o seu marido é um dos grandes responsáveis pela tragédia que se abateu sobre aquele território após a chamada descolonização que ele começou por classificar de espectacular, depois de exemplar e, por fim de possível. Como é possível tal atitude quando o ilustre casal Soares sabia quem foram os seus compatriotas que transformaram um território cujo padrão de vida antes do 25 de Abril era o terceiro de toda a África sub-sahariana (sendo apenas suplantado pelo da África do Sul pelo da África do Sul e pela, então, Rodésia) num país em que se estima estarem cerca de quatro milhões de pessoas de pessoas ameaçadas de morrer de fome!» (Pág. 23)
O sr. general desmistifica o que considera «ser a mais insidiosa manipulação da nossa História entre 1933 e 1975 nomeadamente nas seguintes linhas de força:
- a guerra do Ultramar foi, principalmente, um episódio da guerra entre os EUA e a URSS e não uma luta de autolibertação e desenvolvimento dos povos;
- a guerra estava a ser ganha militarmente e a batalha do desenvolvimento atingia crescimentos sociais e económicos muito elevados;
- a subversão na retaguarda e a inoculação do vírus revolucionário nas Forças Armadas foi a solução que a URSS opôs à nossa vitória militar;
- os autores da traição e do descalabro têm nomes e são os que, conscientemente, fizeram o jogo da URSS, isto é, o PCP e seus “compagnons de route”.» (Pág. 25)
Um livro a ler com atenção para se compreender as razões do golpe de estado abrileiro, a descolonização, o PREC, enfim, a democracia em Portugal!
O crime de traição à Pátria pela "prática do crime previsto no art.º 141 do Código Penal, crime consubstanciado em documentos de que os acusados foram signatários, em pareceres dados no exercício de funções oficiais, e em declarações prestadas publicamente, usando assim de meios fraudulentos com vista à separação de parcelas do território português, objectivo que conseguiram alcançar em directa colaboração com os que pretendiam por acções violentas a apropriação das províncias ultramarinas, como eram designadas na Constituição então vigente."
Nas 234 páginas do livro, o general Silva Cardoso lavra uma fortíssima acusação e denúncia sobre o golpe de estado abrilino e as repercussões que este teve para Portugal.
Na realidade, o general António Silva Cardoso é o mesmo que fez parte da Junta Governativa de Angola chefiada por Rosa Coutinho, acumulando esse cargo com o Comando da 2.ª Região Aérea. Na sequência do Acordo do Alvor foi designado Alto-Comissário (ou Alto-Corsário como dizia o Rodrigo Emílio) para o período de transição, onde se manteve até princípios de Agosto de 1975.
Ora, o sr. general António Silva Cardoso, na sua qualidade de membro da Junta Governativa de Angola chefiada por Rosa Coutinho e de Alto Comissário de Angola foi co-responsável pela criminosa e racista descolonização, pelo desmembramento do Império português e morte de milhares de portugueses que com os seus rios de sangue inundaram o solo das Províncias Ultramarinas traindo, dessa forma, o esforço de quinhentos anos de presença e soberania portuguesa no Ultramar!
Foi o autor de "Angola, Anatomia de uma tragédia", editado pela Oficina do Livro, no ano de 2000, 690 págs., em cuja capa se vê o sr. general ao lado de Melo Antunes e de Mário Soares - em que o último a assina o "acordo".
Por muito que o sr. general escreva - e já vai em cerca de mil páginas - , já não se pode voltar atrás e pedir comovidamente desculpa como o faz no Preâmbulo deste livro, remetendo-nos para "Angola, Anatomia de uma tragédia": «A resposta, pronta e inevitável, centra-se na constante, abusiva e obcecante tentativa de mistificação da História de Portugal relativamente a esse período. A minha vivência da maioria dos factos relatados e as imagens com frequência nos entram em casa mostrando o drama terrível e pungente que se tem abatido sobre o povo angolano para quem a fome, a dor, a doença, a tremenda incerteza do futuro, os estropiados e a morte são uma constante perante os olhos atónitos, incrédulos, mas também passivos, do mundo, levaram-me, num imperativo de consciência, a escrever a minha própria verdade como a tinha sentido e vivido. Quanto à segunda questão, porquê só agora, limito-me a citar um dos últimos parágrafos do livro:
Os anos passaram. Muitos outros hão-de ainda passar e a História, como se diz, fará o seu juízo.
(…) Naquilo que me diz respeito afirmo que a descolonização, tal como se cumpriu, será considerada como o episódio mais catastrófico, mais desprezável e mais estúpido de toda a História de Portugal; na parte que mais de perto me toca, eu julgo que é também meu dever contribuir para a formulação do juízo da História. E esta precisa de distanciamento em tempo para poder ser escrita.» (Pág. 21/22)
Assim é. Já passaram trinta e quatro anos. Duas gerações quebraram um elo de quinhentos anos de laços históricos e o sr. General foi um dos que contribuiu para essa trágica realidade!
Demasiado tarde, rios de sangue correram nas províncias ultramarinas de África que desaguaram no oceano Atlântico e no oceano Índico!
Escreve o sr. general: «Omitia a Dr.ª Maria Barroso que o seu marido é um dos grandes responsáveis pela tragédia que se abateu sobre aquele território após a chamada descolonização que ele começou por classificar de espectacular, depois de exemplar e, por fim de possível. Como é possível tal atitude quando o ilustre casal Soares sabia quem foram os seus compatriotas que transformaram um território cujo padrão de vida antes do 25 de Abril era o terceiro de toda a África sub-sahariana (sendo apenas suplantado pelo da África do Sul pelo da África do Sul e pela, então, Rodésia) num país em que se estima estarem cerca de quatro milhões de pessoas de pessoas ameaçadas de morrer de fome!» (Pág. 23)
O sr. general desmistifica o que considera «ser a mais insidiosa manipulação da nossa História entre 1933 e 1975 nomeadamente nas seguintes linhas de força:
- a guerra do Ultramar foi, principalmente, um episódio da guerra entre os EUA e a URSS e não uma luta de autolibertação e desenvolvimento dos povos;
- a guerra estava a ser ganha militarmente e a batalha do desenvolvimento atingia crescimentos sociais e económicos muito elevados;
- a subversão na retaguarda e a inoculação do vírus revolucionário nas Forças Armadas foi a solução que a URSS opôs à nossa vitória militar;
- os autores da traição e do descalabro têm nomes e são os que, conscientemente, fizeram o jogo da URSS, isto é, o PCP e seus “compagnons de route”.» (Pág. 25)
Um livro a ler com atenção para se compreender as razões do golpe de estado abrileiro, a descolonização, o PREC, enfim, a democracia em Portugal!
O crime de traição à Pátria pela "prática do crime previsto no art.º 141 do Código Penal, crime consubstanciado em documentos de que os acusados foram signatários, em pareceres dados no exercício de funções oficiais, e em declarações prestadas publicamente, usando assim de meios fraudulentos com vista à separação de parcelas do território português, objectivo que conseguiram alcançar em directa colaboração com os que pretendiam por acções violentas a apropriação das províncias ultramarinas, como eram designadas na Constituição então vigente."
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