Amélia
Rey Colaço (1898-1990),no Teatro Gil Vicente na Exposição Colonial do
Porto, com um vestido de António Amorim tendo ao colo o miúdo guineense
Augusto. Foto Domingos Alvão, Porto Museu Nacional do Teatro
Em 1934 o Regime já consolidado e inspirado pela Exposição Colonial de Paris de 1931, promove no Porto a primeira das suas grandes exposições - a Exposição Colonial do Porto – destinada a propagandear o Estado Novo como um regime moderno, activo num Portugal Imperial.
O regime é desde o seu início despertado para a questão colonial já que em Março de 1930 surgira em Angola, um confronto entre funcionários civis e militares contestando a autoridade do poder central, e sobretudo em torno da Sociedade das Nações, gera-se, nesta época, um movimento no sentido de ilegalizar e acabar com os trabalhos forçados nas colónias.
Coincidindo com Salazar ocupando o Ministério das Colónias, é aprovado em 1930, O Acto Colonial (Decreto n.º 18 570, de 8 de Julho de 1930).
Salazar, reage na instituição e na defesa do Império Colonial, como uma unidade orgânica e indivisível, consagrando o Acto Colonial na Constituição de 1933, alterando a denominação dos territórios do Ultramar português, de "províncias ultramarinas" para "colónias" . (Em 1951 regressará à primitiva terminologia na revisão da Constituição que revoga o Acto Colonial).
"Somos sobretudo uma potência atlântica, presos pela natureza à Espanha, política e economicamente debruçados sobre o mar e as colónias, antigas descobertas e conquistas. Nem sempre a nossa política se fez de Lisboa ou da parte continental, mas de outros pontos, tal a ideia de que a colónias não o foram à maneira corrente mas partes integrantes do mesmo todo nacional."
" Portugal constitui com as suas colónias um todo, em virtude de um pensamento político que se fez pelos tempos fora realidade política."
“Alheios a todos os conluios, não vendemos, não cedemos, não arrendamos, não partilhamos as nossas Colónias com reserva ou sem ela de qualquer parcela de soberania nominal para satisfação dos nossos brios patrióticos. Não no-lo permitem as nossas leis constitucionais; e, na ausência desses textos, não no-lo permitiria a consciência nacional." (António de Oliveira Salazar - Discursos e Notas Políticas)
É neste quadro que se insere a participação de Portugal na Exposition Coloniale de Paris em 1931 de que resulta a Exposição Colonial de 1934 como afirma Henrique Galvão: "A Primeira Exposição Colonial Portuguesa é filha de um pensamento de política Imperial que, na larga e brilhante representação portuguesa na Exposição Internacional de Paris teve a sua realização inicial." .
A Exposição Colonial do Porto em 1934, em muitos aspectos, servirá ainda de ensaio à Exposição do Duplo Centenário (ou do Mundo Português) de 1940.
TEXTO INTEGRAL AQUI
Em 1934 o Regime já consolidado e inspirado pela Exposição Colonial de Paris de 1931, promove no Porto a primeira das suas grandes exposições - a Exposição Colonial do Porto – destinada a propagandear o Estado Novo como um regime moderno, activo num Portugal Imperial.
O regime é desde o seu início despertado para a questão colonial já que em Março de 1930 surgira em Angola, um confronto entre funcionários civis e militares contestando a autoridade do poder central, e sobretudo em torno da Sociedade das Nações, gera-se, nesta época, um movimento no sentido de ilegalizar e acabar com os trabalhos forçados nas colónias.
Coincidindo com Salazar ocupando o Ministério das Colónias, é aprovado em 1930, O Acto Colonial (Decreto n.º 18 570, de 8 de Julho de 1930).
Salazar, reage na instituição e na defesa do Império Colonial, como uma unidade orgânica e indivisível, consagrando o Acto Colonial na Constituição de 1933, alterando a denominação dos territórios do Ultramar português, de "províncias ultramarinas" para "colónias" . (Em 1951 regressará à primitiva terminologia na revisão da Constituição que revoga o Acto Colonial).
"Somos sobretudo uma potência atlântica, presos pela natureza à Espanha, política e economicamente debruçados sobre o mar e as colónias, antigas descobertas e conquistas. Nem sempre a nossa política se fez de Lisboa ou da parte continental, mas de outros pontos, tal a ideia de que a colónias não o foram à maneira corrente mas partes integrantes do mesmo todo nacional."
" Portugal constitui com as suas colónias um todo, em virtude de um pensamento político que se fez pelos tempos fora realidade política."
“Alheios a todos os conluios, não vendemos, não cedemos, não arrendamos, não partilhamos as nossas Colónias com reserva ou sem ela de qualquer parcela de soberania nominal para satisfação dos nossos brios patrióticos. Não no-lo permitem as nossas leis constitucionais; e, na ausência desses textos, não no-lo permitiria a consciência nacional." (António de Oliveira Salazar - Discursos e Notas Políticas)
É neste quadro que se insere a participação de Portugal na Exposition Coloniale de Paris em 1931 de que resulta a Exposição Colonial de 1934 como afirma Henrique Galvão: "A Primeira Exposição Colonial Portuguesa é filha de um pensamento de política Imperial que, na larga e brilhante representação portuguesa na Exposição Internacional de Paris teve a sua realização inicial." .
A Exposição Colonial do Porto em 1934, em muitos aspectos, servirá ainda de ensaio à Exposição do Duplo Centenário (ou do Mundo Português) de 1940.
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