segunda-feira, 2 de abril de 2012

Poema "Noites de Angola", de H. Nascimento Rodrigues




O entardecer na Barra do Cuanza, em 1971, numa gentileza de Manuela (Kalunga)




Oh, noites de Angola!
 Noites de magia tropical,
 de sedutora beleza e perfume inebriante! 
noites puras e sensuais ao mesmo tempo,
 em que a alma ingénua de uma criança 
se possa aliar ao sangue quente da mocidade! 
Noites que não têm principio nem fim, 
porque nasceram não se sabe quando,
 e morrerão só quando deixarem de ser noites de Angola.

Noites da minha terra! 
Noites que são pedaços de mim próprio, 
porque na pureza do ar está a pureza da minha alma e, 
na sensualidade do mistério que as envolve, 
está a sensualidade do meu sangue quente
 desse sangue que eu sinto ferver dentro de mim!

Noites de Angola! 
Noites da minha terra!
Poemas imorredoiros de Amor e Paz, 
escritos pela Mãe Natureza,
 destes à luz da vossa sombra
 a alma eternamente enamorada que eu sou!

Noites de Angola – porque tão longe me ficastes?

Saudade meu bem Saudade……

Lisboa 1958
publicado por H. Nascimento Rodrigues (Provedor de Justiça) 

2 comentários:

José Sousa disse...

Olá amigo!
Cá estou eu de regresso as blogues. Adorei este teu poema, como sempre.

Vai até ao meu blog: http://www.congulolundo.blogspot.com

Um abraço

MariaNJardim disse...

Agradeço a visita. É de facto um belo poema . Cumprimentos