sábado, 21 de julho de 2012

Kissinger admite que errou em Angola





Foto: Isto não é uma casa de p.. s. Estamos a executar politica nacional.” - Henry Kissinger ao Departamento de Estado (Ford Library) DAQUI





A Revista Mwangolê Notícias publica hoje uma reportagem publicada no jornal brasileiro " Folha de S.Paulo", sobre a participação americana na história recente de Angola, a matéria  é feita com base no livro do ex-secretário de Estado dos EUA - Henry Kissinger e assinada por Elio Gaspari  um dos mais competentes jornalista do Brasil ilustra com clareza a posição dos EUA com relação aos três movimentos que lutaram pela independência de Angola, pensamos com a divulgação desta matéria ajudar você a conhecer a história possivel de Angola.
 



Em livro de memórias, ex-secretário de Estado dos EUA elogia política brasileira para o país africano
Kissinger admite que errou em Angola
ELIO GASPARI
Colunista da Folha de S.Paulo - Especial para Revista Mwangolê Notícias
Foram necessários 24 anos e as memórias do ex-secretário de Estado norte-americano Henry Kissinger para se confirmar que na crise angolana de 1975, quando o Brasil e os EUA passaram por período de inéditas divergências, o Itamaraty estava fazendo o certo e Washington, bobagens.
Em seu livro "Anos de Renovação", Kissinger dedica um capítulo à crise ocorrida em 1976. Nela, os EUA tentaram impedir que o MPLA do médico Agostinho Neto assumisse o governo independente de Angola. Conta como foi enganado pelo presidente de Zâmbia, Kenneth Kauda, como acreditou em quem não devia (a CIA) e duvidou de quem sabia (os africanistas do Departamento de Estado). Reconhece uma atuação desastrada e elogia o chanceler brasileiro da época, Azeredo da Silveira. Admite até que lhe faltou tempo para tratar direito do assunto. Silveira, que era chamado de esquerdista em panfletos militares, já morreu.
Morreu também o artífice da política do Brasil na África, o embaixador Ítalo Zappa.
O reconhecimento do êxito só chegou a um diplomata. Aos 73 anos, aposentado, Ovídio de Mello vive no Leblon. Por causa de Angola foi desterrado para a Tailândia e a Jamaica. Sofreu 90 preterições, até que o presidente José Sarney o promoveu a embaixador. Não reclama do passado, mas da abulia diplomática do presente.
 
CRONOLOGIA
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