PATRICE LUMUMBA - Herói Africano
«(...) Não estamos sós. A África, a Ásia e os povos livres e libertados de todos os cantos do mundo estarão sempre ao lado dos milhões de congoleses que não abandonarão a luta senão no dia em que não houver mais colonizadores e seus mercenários no nosso país. Aos meus filhos, a quem talvez não verei mais, quero dizer-lhes que o futuro do Congo é belo e que o país espera deles, como eu espero de cada congolês, que cumpram o objectivo sagrado da reconstrução da nossa independência e da nossa soberania, porque sem justiça não há dignidade e sem independência não há homens livres «Nem as brutalidades, nem as sevícias, nem as torturas me obrigaram alguma vez a pedir clemência, porque prefiro morrer de cabeça erguida, com fé inquebrantável e confiança profunda no destino do meu país, do que viver na submissão e no desprezo pelos princípios sagrados. A História dirá um dia a sua palavra; não a história que é ensinada nas Nações Unidas, em Washington, Paris http://www.expressodasilhas.sapo.cv/pt/noticias/detail/id/22504 ou Bruxelas, mas a que será ensinada nos países libertados do colonialismo e dos seus fantoches. A África escreverá a sua própria história e ela será, no «Norte e no Sul do Sahara, uma história de glória e dignidade.«Viva o Congo! Viva a África!»...
Passadas apenas dez semanas da sua eleição, foi deposto juntamente com o seu governo num golpe de estado, aprisionado e assassinado em Janeiro de 1961 em circunstâncias que indicaram cumplicidade e apoio dos governos da Bélgica e dos Estados Unidos. (*)
PRESIDENTE AGOSTINHO NETO- Herói Africano
"Não basta que seja pura e justa a nossa causa. É necessário que a pureza e a justiça existam dentro de nós. Dos que vieram e conosco se aliaram muitos traziam sombras no olhar, intenções estranhas. Para alguns deles a razão da luta era só ódio: um ódio antigo centrado e surdo como uma lança. Para alguns outros era uma bolsa vazia (queriam enchê-la), queriam enchê-la com coisas sujas inconfessáveis. Outros viemos. Lutar para nós é ver aquilo que o povo quer realizado. É ter a terra onde nascemos. É sermos livres para trabalhar. É ter para nós o que criamos. Lutar para nós é um destino, é uma ponte entre a descrença e a certeza de um mundo novo. Na mesma barca nos encontramos. Todos concordam, vamos lutar. Lutar para quê? Para dar vazão ao ódio antigo? ou para ganharmos a liberdade e ter para nós o que criamos? Na mesma barca nos encontramos, quem há de ser o timoneiro? Ah, as tramas que eles teceram! Ah, as lutas que aí travamos! Mantivemo-nos firmes: no povo buscamos a força e a razão. Inexoravelmente como uma onda que ninguém trava, vencemos. O povo tomou a direção da barca. Mas a lição foi aprendida: Não basta que seja pura e justa a nossa causa. É necessário que a pureza e a justiça existam dentro de nós." Agostinho Neto
A morte prematura e, sobretudo, inesperada de Agostinho Neto, aconteceu a 10 de Setembro de 1979, aos 56 anos de idade, após uma operação no Hospital das Clínicas de Moscovo que revelara a existência de um câncer no pâncreas. Por terra cairam todos os esforços diplomáticos que estavam a ser desenvolvidos em prol de uma reconciliação entre Angola e os Estados Unidos. A revelação é feita por Maria Eugénia Neto, viúva do primeiro presidente de Angola, numa entrevista ao escritor e poeta Artur Queirós, que integra o livro Agostinho Neto - Uma Vida Sem Tréguas. Garante Maria Eugénia Neto, que o marido sempre tentou afirmar a sua independência ao longo da Guerra Fria que se estabeleceu entre os EUA e a URSS e afirmar-se, ele próprio, como um não alinhado.
AMILCAR CABRAL- Líder do PAIGC - HERÓI AFRICANO
«Desde o tempo das chamadas descobertas ou achamentos até ao tempo do comércio de escravos e crimes da escravatura; desde as guerras de conquista colonial até à época de ouro do colonialismo; das primeiras “reformas” ultramarinas até às guerras coloniais de genocídio dos nossos dias, os colonialistas portugueses deram sempre provas de uma mentalidade supersticiosa e dum racismo primitivo em relação ao homem africano, que consideravam e consideram como naturalmente inferior, incapaz de organizar a sua vida e defender os seus interesses, fácil de enganar, sem cultura e sem civilização». AMILCAR CABRAL/ 1971. Amílcar Cabral é assassinado em Conacri em 20.Jan.1973.
PRESIDENTE SAMORA MACHEL - HERÓI AFRICANO
"...Fizemos dez anos de guerra, sabemos o que ela significa e exige de nós. Queremos a paz, mas estamos prontos a aceitar os sacrifícios que o nosso dever internacionalista exige...
" Samora Machel
PR 1975-1986. Morreu com 53 anos de idade, quando o avião em que regressava ao Maputo se despenhou em território sul-africano.
http://delagoabayword.wordpress.com/category/africa-austral/
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