terça-feira, 10 de março de 2009

Os quatro padrões do Diogo Cão

 
As viagens gloriosas do famoso
navegador
  Diogo Cão à Costa Ocidental da África
Por Amadeu Foutoura Mata
Biografia de Amadeu F. Mata, nascido em Angola e imigrante em Portugal Continental.
Tenho muito prazer em publicar este trabalho original do Sr. Amadeu Mota porque ele viveu exactamente na regiões onde o navegador Diogo Cão fez as suas descobertas e colocou os seus Padrões.  (a) Luciano da Silva.
  Aqui está a biografia do Sr. Amadeu Mata me enviou por Internete:
  Nasci no Lobito distrito de Benguela, a 14 de Março de 1952. Enquanto pequeno andei com os meus pais e irmãos por Teixeira de Sousa (Luau), Nova Lisboa (Huambo) Luanda, Ambriz e Cabinda.
  Os meus pais (nascidos no Continente Português em Trás-os-Montes) radicaram-se em Angola na década de quarenta. Meu pai (já falecido) pertencia ao corpo da velha e extinta guarda fiscal de Angola.  Durante trinta anos percorreu de lés a lés a ex-província ultramarina.
  Quando eclodiu a guerra de guerrilha no norte de Angola em Março de 1961, encontrava-me em Cabinda.
  Em 1963, os meus pais mandaram-me estudar para o Seminário do Quipeio - distrito do Huambo.
  Abandonei o seminário em 1967 e fui estudar para Luanda tendo concluído o antigo 5º ano liceal no Paulo Dias de Novais. Depois fui para o Liceu Salvador Correia estudar o 6º ano.
  Por contingências da vida, aos 19 anos comecei a trabalhar na Administração Civil de Angola e fui para a capital do distrito do Zaire - S. Salvador do Congo - (Banza Congo). Posteriormente colocado no Ambrizete (zona litoral), segui  em 1972 para o Quinzau. Mais tarde  para Sazaire (Soyo), e Sumba ( Porto Rico ) 40 Km a montante da foz do  rio Zaire.
  No Zaire participei em várias actividades comemorativas sobre as descobertas marítimas, nomeadamente na 2ª missa realizada na ponta do Padrão, onde Diogo Cão colocara o Padrão de S. Jorge em Abril de 1483. Estive muito perto das cataratas de Ielala, a 170 Km da foz do rio, mas infelizmente não as pude observar de perto nem as inscrições nas Pedras efectuadas pelos Portugueses.
  Em Julho de 1973 fui chamado a cumprir o serviço militar obrigatório e voltei ao Huambo à Escola de aplicação militar. Depois de promovido a furriel miliciano segui para Cabinda, e foi nesta cidade que passei à disponibilidade em Março de 1975, já decorria o processo da descolonização. Na Tropa ia todos os fins de semana (Outubro de 1974 a Fevereiro de 1975) passá-los à cidade do Soyo, a 13 minutos de viagem de avião, lugar que sempre me fascinou pela exuberância da paisagem e principalmente pela riqueza da sua flora e fauna, lugar onde Diogo Cão estivera 490 anos antes, confraternizando com gentes muito pacíficas, leais, honestas e amigas.
  A 14 de Setembro de 1975,consegui a muito custo embarcar na célebre ponte aérea para Portugal país dos meus pais, que não conhecia. Para trás ficou um país destruído pela guerra civil, onde os movimentos armados (MPLA. FLNA e UNITA se gladiavam encarniçadamente pelo poder. Foram 23 anos de permanência em Angola que me trouxe uma vivência muito rica e saudosa.
  em Portugal Continental
No entanto fiz dois trabalhos de fim de curso académico concluídos  no Instituto Politécnico  - Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Bragança. Um em bacharel em Contabilidade e Administração - cujo título é " Contabilidade Pública e Financeira". Outro na licenciatura em Auditoria e Controle de Gestão, cujo título é o IVA -"Imposto do Valor Acrescentado", imposto do consumo.
Minha investigação Histórica
Com os conhecimentos que trouxe de Angola e dos lugares onde Diogo Cão pela  primeira vez abordou, despertou em mim em 1985 fazer um trabalho inédito, sobre o navegador e os nautas que o acompanharam.
  Depois de verificar vários trabalhados de historiadores de gabinete (os únicos que têm acesso aos arquivos), e  escreverem muito vagamente sobre o navegador, comecei a travar uma batalha das inverdades  encontradas.
  Havia relatos contraditórios nomeadamente sobre as viagens que fez, qual a latitude que atingira na primeira viagem, quando e como as inscrições das Pedras de Ielala foram efectuadas, se na ida para a 2ª viagem ou se já no retorno dessa viagem depois de ter atingido a latitude de 22º sul na Namíbia, onde teria desaparecido (morrido) o navegador, as notícias dos restos mortais do navegador se encontrarem em Vila Real de Trás-os- Montes - Portugal.  

Este trabalho original consta de  seis partes.
Para as ler clique em cada uma:
O trabalho original possue centenas de fotos. Quem quiser obter uma cópia em  DVD Power Point deve contactar  o Autor por meio da Internete.  amadeumata@hotmail.com


Por Manuel Luciano da Silva, Médico
Março 18, 2005
Casa do Diogo Cão em Vila Real, em Trás dos Montes Acabo de receber de Portugal informação muito importante sobre os quatro Padrões que o célebre navegador Diogo Cão colocou ao longo da costa africana. Estes Padrões são além das gravações que Diogo Cão fez nas Pedras de Yelala que ficam a cerca de 150 quilómetros da foz do Rio Congo. Tudo isto por ordem do Rei D. João II como sinal de tomada de posse para o Reinado de Portugal. Para a explicação sobre os quatro Padrões passo a palavra ao Historiador Amadeu Fontoura Mata que está a terminar um trabalho muito interessante sobre a vida do grande navegador Diogo Cão. Diogo Cão dirigindo a colocação do Primeiro Padrão (S. Jorge) na costa africana Eis as palavra do nosso compatriota Mata: “Diogo Cão colocou ao longo do litoral angolano 3 (três) padrões e 1 (um) no actual Cape Cross - Namíbia (antigo Sudoeste Africano)”. ( I )“O padrão conhecido de S. Jorge foi erigido junto à foz da margem esquerda do Rio Zaire ou Congo, num local conhecido por Moita Seca, latitude 6º 2' 60" Sul”. ( II ) “O Padrão de Stº Agostinho foi erigido no Cabo do Lobo, depois chamado de Cabo de Stª Maria a sul de Benguela, à Lat. 13º 25' sul”. ( III ) “O Padrão do Cabo Negro, erigido a norte da Baía de Porto Alexandre, actual Tombua à latitude de 15º 42' Sul”. ( IV) “E por último o Padrão do Cabo da ( Serra ) erigido no actual Cape Cross - Namíbia, à latitude de 21º 47' sul”. “Deste modo, os dois primeiros erigidos na 1ª viagem ( 1482-1484) Os dois últimos erigidos na 2ª viagem ( 1485-86-87)”.
Diogo Cão dirigindo a colocação do II Padrão (S. Agostinho), na costa africana “Recentemente tive conhecimento duma Associação Portuguesa radicada na Namíbia que defende a tese que Diogo Cão morreu na Namíbia. Ando à procura do site dessa Associação. Logo que saiba alguma coisa entrarei em contacto. A ver vamos o que nos têm a dizer sobre o assunto”. Seria interessante se alguém na Academia do Bacalhau da Namíbia se interessasse por este assunto. Vamos a ver se conseguimos alguns contactos por esta via.
Um Padrão (S. Agostinho) que o Diogo colocou ao longo da costa africana, agora
preservado no Museu da Sociedade de Geografia de Lisboa, Portugal A colocação dos Padrões por Diogo Cão faz-nos lembrar a colocação das bandeiras americanas na superfície da lua quando os astronautas americanos lá estiveram a marcar também posse para o governo Americano!

1 comentário:

Anónimo disse...

negar a história é um erro, temos de recolocar o padrao do cabo negro.