ANGOLA DO OUTRO LADO DO TEMPO...

Este blog visa apenas dar visibilidade a textos de autores considerados de interesse para a compreensão da História Colonial de Angola. Por abarcar os mais diversas abordagens, é um blog dedicado aos de espirito aberto, que gostam de avaliar assuntos, levantar questões e tirar por si próprios suas conclusões. É natural que alguns assuntos venham a causar desagrado, e até reacções da parte daqueles cujas perspectivas estejam firmemente cristalizadas.

domingo, 23 de agosto de 2009

ANNAIS DO CONSELHO ULTRAMARINO

ANNAIS DO CONSELHO ULTRAMARINO - Parte não Oficial, série 1, Fevereiro de 1854 a Dezembro de 1858
Publicada por MariaNJardim à(s) 04:14
Etiquetas: ANNAIS DO CONSELHO ULTRAMARINO ; Parte não Oficial; série 1; Fevereiro de 1854 a Dezembro de 1858; Angola; Mossãmedes; colonização ;

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Este blog foi um dos 25 escolhidos para o Prémio História. Uma escolha que fica a dever-se, em primeira mão, aos autores dos textos que vêm sendo aqui publicados. Bem haja!

Parabéns por este grande Blog.
Escolhi como blog da semana no História Viva, se desejar retire o selo no endereço http://historianovest.blogspot.com/2010/02/blogs-da-semana.htmlhttp://historianovest.blogspot.com/2010/02/blogs-da-semana.html




O objectivo deste blog, é colaborar na difusão de textos, livros, revistas, videos, etc., dando-os a conhecer a um maior número de pessoas, para uma mais vasta análise e uma melhor compreensão do processo histórico da Angola colonial.
Sendo um blog aberto às mais diferentes abordagens, é inevitável que alguns assuntos venham a provocar desagrado, e talvez mesmo reacções adversas, por parte daqueles cujas perspectivas estejam firmemente cristalizada. Todo e qualquer material aqui publicado encontra-se devidamente identificado quanto à origem, e será de imediato retirado, caso o seu autor venha a solicitá-lo.



O conhecimento da História é uma peça fundamental em todo o tipo de cultura. Um povo sem História, é um povo sem memória. Quanto mais ampla for a visão da maneira como os homens se comportaram em diferentes momentos da História da humanidade, maior será a nossa capacidade para entender e lidar com os problemas da actualidade. A quem pode beneficiar esse desconhecimento?



A NOVA HISTORIA DE PORTUGAL



Inúmeros livros sobre ANGOLA à venda on-line AQUIda década de 1920).



Enquanto houver um pensamento crítico que não se contente com a aparência dos fenómenos históricos e se preocupe em desvelar a essência contraditória da realidade social, aberta estará a possibilidade da emancipação e transformação do mundo.




Ver AQUI: [PDF]

Grammatica do Umbundu ou lingua de Benguella

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http://www.rtp.pt/noticias/cultura/ponte-aerea-da-tap-trouxe-centenas-de-milhares-de-retornados-de-africa_v812018

LIVROS SOBRE O ULTRAMAR
(Uma grande lista de livros sobre o ultramar, já publicados).
CENTRO DE ESTUDOS AFRICANOS


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Geopolítica: A guerra do Petróleo em África. Quais as consequências para Angola?

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Um show proporcionado pela Natureza contra o racismo, clicar:

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Este blog foi um dos 25 escolhidos para o Prémio História. Uma escolha que fica a dever-se, em primeira mão, aos autores dos textos que vêm sendo aqui publicados. Bem hajam!






O Fim do Império!






  • "O homem nao vive somente de pão; a História não tinha mesmo pão; ela não se alimentava se não de esqueletos agitados, por uma dança macabra de autômatos. Era necessário descobrir na História uma outra parte. Essa outra coisa, essa outra parte, eram as mentalidades".[3] (Jacques Le Goff)

  • "A História procura especificamente ver as transformações pelas quais passaram as sociedades humanas. As transformações são a essência da História; quem olhar para trás, na História de sua própria vida, compreenderá isso facilmente. Nós mudamos constantemente; isso é válido para o indivíduo e também é válido para a sociedade. Nada permanece igual e é através do tempo que se percebe as mudanças".[4]

  • "A História como registro consiste em três estados, tão habilmente misturados que parecem ser apenas um. O primeiro é o conjunto dos factos. O segundo é a organização dos factos para que formem um padrão coerente. E a terceira é a interpretação dos factos e do padrão". (Henry Steele Commager) [carece de fontes?]

  • "Sem a História nós estaríamos em um eterno recomeço, não teríamos como avaliar os erros do passado, para não errarmos novamente no futuro". (Rafael Hammerschmidt)

Blogs, sites, videos, etc, que falam de Angol



SITES E BLOGS COM INTERESSE:
Guerra colonial


VIDEOS HISTÓRICOS
:


Luanda
Malange
Memória de cinco séculos da presença de Portugal no MundoMissão Antropológica de Angola
Missão Antropológica de Angola
Missão Antropológica de Angola
Missão Antropológica de Angola
Missão Antroplógica de Angola
Missão Antroplógica de Angola
Cuadi
Muquedes
Bosquímanos
Bosquímanos – Vida quotidiana
Bosquímanos de Angola - Danças e Músicas
Entre os Bosquímanos de Angola
Bosquímanos - Cazamas
Bosquímanos - Cazamas
Bosquímanos – Aspectos Antropológicos
Entre os Bosquímanos de Angola
Actividades da Missão Antropobiológica de Angola
BOSQUÍMANOS DE ANGOLA (filme)
Guerra do Ultramar
Riqueza étnico-cultural de Angola (videos)

....
F. G. Amorim
BOLETIM GERAL DAS COLÓNIAS
....


"O GRANDE POEMA"

"Este é o poema que eu escrevi
Para as crianças da minha terra !...
Para as crianças negras,
e brancas,
e mestiças,
sem distinção de cor...
comungando o Amor
que as unirá...

Este é o poema que eu escrevi a sonhar...
de olhos perdidos no mar,
que me separa delas...

O poema que eu escrevi a sorrir...
a gritar confianças desmedidas
nas ânsias partidas...
quebradas...

como velas de naufrágio !...
O poema que eu escrevi a soluçar,
sobre os livros
onde não encontrei
para os sonhos resposta um dia !..."

----- (de : ALDA LARA -- extraído do blogue "O Lupango da Jinha " -- 1949 --



  • IMMANUEL KANT: "A Paz Perpétua"
  • ARISTÓTELES: "A Política".
  • JOHN LOCKE: "Ensaio Sobre O Governo Civil"
  • JEAN-JACQUES ROUSSEAU: "O Contrato Social"
  • ONU: "Declaração Sobre o Direito ao Desenvolvimento"
  • MARTIN LUTHER KING: "Eu Tenho Um Sonho"
  • SHRI RAVINDRA VARMA: "Responsabilidade Universal, Direitos Humanos e Paz"
  • DALAI LAMA: "Os Direitos do Homem no Limiar do Século XXI"

A ignorância é geralmente a irmã da maldade.
(Sófocles)

A ignorância do bem é a causa do mal.
(Demócrito)

Conscientizar-se da própria ignorância é um grande passo para aprender.
(Benjamin Disraeli)

O homem que compreende a sua ignorância deu o primeiro passo para o conhecimento.
(Max Heindel)

NÂO ao racismo! SIM à educação dos povos bárbaros. Negros discriminan seus filhos albinos...

Corrente multididciplinar em prol dos africanos albinos e contra a discriminação de que sao vitimas


Ajudem-me
Não tenho culpa de ter nascido assim...
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Comércio ilegal de órgãos causa onda de assassinatos na Tanzânia

«As ditaduras promovem a opressão, as ditaduras promovem o servilismo, as ditaduras promovem a crueldade: o mais abominável é o facto de promoverem a idiotice.» – Jorge Luís Borges, escritor argentino (1899-1986).
...

«...Em África só houve quatro países onde se registaram colonizações europeias: Argélia,Angola, Moçambique e Zimbabué (ex-Rodésia do Sul). Nestes países podemos afirmar que houve colonialismo e colonização. Nos restantes países africanos apenas houve colonialismo. Este verifica-se quando os metropolitanos não se fixam, apenas desempenham cargos de funcionalismo, sempre com o fito de um regresso. Há colonização quando os metropolitanos se fixam com carácter permanente, onde lhes nascem os filhos e onde procuram o “ultimo refúgio na velhice”. Edificam uma casa com jardim à frente e horta e pomar no quintal. Há que distinguir entre colonialismo e colonização; em Angola é fácil distingui-los.
Angola teria beneficiado imenso se em vez de descolonização tivesse havido um descolonialismo! Este,sim, acabava com o colonialismo, principal causador do atraso cultural, económico e, principalmente, social.
...»

Luiz Chinguar


..........


«...O objectivo desta resenha é, nomeadamente, de analisar à luz dos acontecimentos referidos a validade de certas concepções ainda hoje muito partilhadas - pelo menos no que diz respeito à colonização portuguesa em África - sobre a relação metrópole-colónias africanas, nomeadamente: o conceito de "burguesia colonial" como um todo indiferenciado que pressupõe uma dicotonia radical colonos-africanos, quase maniqueísta; o conceito de "dominação colonial capitalista" que, sem ser falso em todos os seus aspectos, ignora todavia uma realidade muito mais complexa que tem pouco a ver com o "capitalismo" (entendido este aqui como o "capitalismo liberal" clássico evocado por Adam Smith, e mesmo numa acepção mais moderna do termo) enquanto tal.
Continua...
......

«...O sótão da história colonial portuguesa tem dois grandes armários: o do colonialismo e o da descolonização. Armários grandes com trinta esqueletos. No primeiro, o do colonialismo, jazem quinze esqueletos, todos começados por C que é a primeira letra de colónia: cidadania, contrato, centralismo, cultura, comunicações, conhecimento científico da colónia, centrifugação do capital, crédito, consumo, castigos corporais, censura, colonatos, cartas de chamada, carências de energia, e compadrios (concessões, comissões, condicionamentos e cunhas).
Erros cabeludos que persistiram até ao início do” Tempo Extra”(1961), e alguns até ao “arriar do glorioso pendão das quinas”. Erros que deixaram os quinze esqueletos que atestam as causas de todas as tragédias que viriam a seguir e que, infelizmente, perdurarão durante umas boas (ou más, se persistir o egoísmo actual dos dirigentes) dezenas de anos.
O “Tempo Extra” refere-se aos 13 anos finais do colonialismo (1961 a 1974) em que o governo metropolitano finalmente acabou com um cipoal obsoleto de leis e proibições e tentou desenvolver a colónia. Muito se fez, mas não foi o suficiente, as partes social e política falharam, estrondosamente.
...»

Luiz Chinguar

.................................

"...No futuro, o neo-colonialismo obedecerá a esquemas de Estados, subordinados a programas das multinacionais. A colonização portuguesa foi feita ao sabor do espírito aventureiro de um povo que se sentia mal-tratado na sua própria terra. O Estado só apareceu para estragar."

In "Os colonos"

de Antonio Trabulo
Uma reliquia em nome da PAZ
We are the World - Micha_.wmv
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Portugueses presos e Desaparecidos em Angola.pdf
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"O homem não vive somente de pão; a História não tinha mesmo pão; ela não se alimentava se não de esqueletos agitados, por uma dança macabra de autômatos. Era necessário descobrir na História uma outra parte. Essa outra coisa, essa outra parte, eram as mentalidades". (Jacques Le Goff)


"A História procura especificamente ver as transformações pelas quais passaram as sociedades humanas. As transformações são a essência da História; quem olhar para trás, na História de sua própria vida, compreenderá isso facilmente. Nós mudamos constantemente; isso é válido para o indivíduo e também é válido para a sociedade. Nada permanece igual e é através do tempo que se percebe as mudanças".(BORGES, Vavy Pacheco Broges)


"Sem a História nós estaríamos em um eterno recomeço, não teríamos como avaliar os erros do passado, para não errarmos novamente no futuro". (Rafael Hammerschmidt)


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SITE: GUERRA COLONIAL



A importância da HISTÓRIA


Sem pretensões de fazer História, o nosso objectivo é tão simplesmente abrir possíveis caminhos de pesquisa, juntando o disperso, seleccionando tanto quanto possível, tudo quanto possa vir a ser dotado de interesse e capaz de contribuir para uma verdadeira História de Angola, ciente de que a História é uma peça fundamental em todo o tipo de cultura. Que um povo sem História, é um povo sem memória, e um povo sem memória é incapaz de avaliar os erros do passado para evitar erros no futuro, e é facilmente manipulado. E assim sendo, quanto mais ampla for a nossa visão de como os homens se comportaram em diferentes momentos da História da Humanidade, maior será nossa capacidade para lidar com os problemas da actualidade.
A História de Angola para ser compreendida terá que ser abordada desde a sua proto e pré-História, pela História do seu passado pré-colonial e colonial até aos massacres de 1961, mas também pela sua evolução política e económica até à independência, e não poderá jamais ser dissociada da História de Portugal, da História do Brasil colonial, da História dos Impérios Ultramarinos, da corrida europeia pela partilha de África, e a nova ordem mundial saida do pós II Grande Guerra Mundial (1939-1945), com a extensão da «Guerra Fria» aos territórios africanos.

Longe vai o o tempo de uma História abordada na óptica e no interesse do colonizador, excessivamente eurocêntrica e facciosa. Uma História de feitos ilustres de heróis portugueses, que ignorava a escravatura, o tráfico de escravos, a resistência africana e as campanhas militares de ocupação , etc., -

Mas que o emergir de um tipo novo de historiadores, na rejeição de mitos antigos, não contribuam para o surgimento de novos mitos, tendência que só pode ser combatida por uma nova geração liberta de preconceitos, capaz de reconstituir tão cientificamente, objectiva e honestamente quanto possível o processo histórico.

A História tem que ser isenta, sensata, verdadeira. A nossa compreensão da História da Colonização de Angola continua ainda muito fragmentária. Seria necessário que toda a análise e síntese histórica fosse efectuada tendo em conta o quadro do contexto mental, cultural, social, político económico das diversas épocas em causa. Ora, só é possível responder a tal desafio alargando as bases empíricas de conhecimentos através de estudos de casos. Esse o maior desafio que enfrenta o investigador.

Seria necessário evitar todas as interpretações simplistas produzidas por autores empenhados em reflectir pontos de vista ideológicos. Nem o mito dos 500 anos de "ocupação" portuguesa de África, nem o aproveitamento desse mito para se afirmar uma realidade histórica de 500 anos de exploração colonial e de resistência africana.

Seria necessário que se tivesse em linha de conta que no caso de Angola não houve colonização senão após o inicio do povoamento branco por força da Conferência de Berlim, que o que ficou para trás foi colonialismo, e o que veio a seguir foi colonialismo e colonização. 500 anos de colonialismo. Pouco mais de 50 de colonização, a ter em conta que esta, verdadeiramente, só teve lugar a partir de finais do século XIX e apenas em algumas zonas do território.

O caso específico do estudo do tráfico de escravos transaltlântico e posterior abolição, exigiria uma abordagem da fase da política mercantilista europeia, de mercados cativos e de mão de outra escrava, e o choque desta com a emergência da crescente e poderosa sociedade industrial surgida por efeitos sociais e económicos, provenientes da máquina a vapôr no processo produtivo, que requeria mercados livres e trabalho assalariado.

Seriam necessários estudos que abordassem o envolvimento dos mercadores portugueses e europeus com sobas e régulos africanos, sobre as contradições raciais e sociais das elites assimiladas, sobre as relações raça, etnia, classe.

Seria necessário por ex., que um protesto anti-racista não caísse facilmente no racismo, um pecado cujos sinais numerosos estão presentes em referências extensas ao povo português das características da criminalidade colonialista, entre outras.

Seria necessário que não se silenciasse o papel de relevo tanto «colonos» como filhos de «colonos», angolanos brancos, no seio do fenómeno nacionalista angolano, ou seja, os protestos autonomista nas primeiras décadas do século XX e mais tarde a formação de uma corrente nacionalista própria, com os seus movimentos e organizações partidárias, com os seus presos e exilados políticos, vítimas da violência e do autoritarismo do colonialismo português.

Seria necessário que se tivesse em mente que naquele tempo havia aqueles que defendiam uma independência sob o governo de maioria negra considerando o respeito do princípio de “uma cabeça, um voto”, aqueles que propunham uma independência conduzida por uma minoria branca mas integrando politicamente as elites mestiças e negras europeizadas, os chamados «assimilados», corrente que propunha também a abolição das estruturas de exploração colonial, tendo como modelo o Brasil. E que a corrente conservadora nunca vingou entre os brancos de Angola, aquela que apontava para uma independência selectiva sob o domínio, ou pelo menos a hegemonia da minoria branca e a manutenção das estruturas de exploração económica que recaíam sobre a população negra, a exemplo do que se passava ao lado na África do Sul.

Seria necessário que fosse atribuida a quota parte das responsabilidades a Salazar sobre o Ultramar, não a total, bem como aos responsáveis pela descolonização, tendo sempre em conta que o mal já vinha de longe. A teoria do "bode expiatório de todos os males" deve ser irradicada. Isto acontece se não formos capazes de interpretar a História tendo em conta a realidade de cada época, porque se ajuizarmos os tempos de ontem pelas concepções de hoje, jamais poderemos ser justos nos nossos juizos, e até corremos o risco de estar a ser injustos e a atirar mais achas tentando reacender uma fogueira que há muito apagou.

MNJ

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FILME ACTUAL DE ANGOLA
FILME ACTUAL ANGOLA
1LIVRO SOBRE POVO HIMBA
2.idem SOBRE POVO HERERO
REVISTAS/LIVROS:NAMIBE DESERT

FILME DE ANGOLA HOJE

No final de cada pagina nao esqueca : clicar em CONTINUAR...

Parabéns

O BLOG DA SEMANA
HISTÓRIA VIVA : PARABÉNS

A autora do blog agradece
ARTE AFRICANA: FOTOS


Capa

Livro: O tráfico da escravatura e o bill
de Lord Palmerston por Bernardo de Sá Nogueira de Figueiredo Sá da Bandeira (marquês de)

“Não basta que seja pura e justa a nossa causa. É necessário que a pureza e a justiça existam dentro de nós.”

Agostinho Neto, poeta e líder da Independência de Angola.
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DO SONHO
À REALIDADE. A ANGOLA DE HOJE:

http://guinevereuniversidade.blogspot.com/
http://jpintodeandrade.blogspot.com

Corrente multididciplinar em prol dos africanos albinos e contra a discriminação de que sao vitimas



Corrente multidisciplinar em prol dos africanos albinos

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“Há nacionalistas (…) que pensam que o objectivo da nossa luta deveria ser a de instalar um poder negro em vez de um poder branco, nomear ou eleger africanos para os diferentes postos políticos, administrativos, económicos e outros que hoje são ocupados por brancos (…).
Para estes nacionalistas (…) o objectivo final da luta seria na realidade o de «africanizar» a exploração”.

SAMORA MACHEL

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Angola não foi só um sonho de muitos portugueses que partiram em busca de novas oportunidades, longe da Metrópole pobre e sem futuro, que Salazar permitia acontecer.
Muitos dos portugueses encontraram uma vida de luta árdua, realizaram os seus sonhos e prosseguem encantados com o povo acolhedor, sentindo o apelo da vida desconcertante, saboreando e cultivando os dias com alma africana. Alguns, enamoraram-se pelas jovens que desde sempre pisaram aquele chão encarnado quente e generoso. Outros, abandonaram os seus filhos africanos.
Este romance é dedicado aos filhos abandonados por alguns portugueses, que deixaram para trás o fruto tão generosamente nascido de um amor eterno a uma terra doce.
O Filho da Preta relata a luta de um filho mulato esquecido e rejeitado pelo pai.
É um romance que recorda o cheiro de uma África nunca esquecida. Desde a sanzala africana onde nasceu e viveu os primeiros anos de infância, aos anos turbulentos da Guerra da Independência, acompanha-se a vida de António, um médico reconhecido, numa luta de solidão, angústia e sobrevivência até encontrar a família que o julgava perdido.

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E porque a Historia de Portugal e essencial para se compreender a Historia de Angola,convido os frequentadores deste blog a lerem os seguintes textos:

1. Reflexões para o Centenário da 1ª República

Dança Mucubal

Dança Mucubal

Mulher Muhuila _Lubango

Mulher Muhuila _Lubango

Bosquimano

Bosquimano

Mondombe casada e mondombe solteira- Mossãmedes-Angola

Mondombe casada e mondombe solteira- Mossãmedes-Angola

Soba do Lubango - Angola

Soba do Lubango - Angola

Embaixador do rei do Congo - Angola

Embaixador do rei do Congo - Angola

Tipos de Cabinda- Angola

Tipos de Cabinda- Angola

Costumes de Benguela- Quitandeiras- Angola

Costumes de Benguela- Quitandeiras- Angola

Familia burguesa no jardim de Benguela- Angola

Familia burguesa no jardim de Benguela- Angola

D. Jacobina, seu filho e sua velha mãe- Benguela- Angola

D. Jacobina, seu filho e sua velha mãe- Benguela- Angola

Um grupo de damas de casa- Benguela-Angola

Um grupo de damas de casa- Benguela-Angola

Favoriras do Soba - Cuanhama- Angola

Favoriras do Soba - Cuanhama- Angola

Dombe- Mulher casada- Mossãmedes- Angola

Dombe- Mulher casada- Mossãmedes- Angola

Mondombes -Mossãmedes-Angola

Mondombes -Mossãmedes-Angola

Mondombas casadas - Mossãmedes -Angola

Mondombas casadas - Mossãmedes -Angola

Mondomba casada - Mossãmedes- Angola

Mondomba casada - Mossãmedes- Angola

Mondombas casadas - Mossãmedes- Angola

Mondombas casadas - Mossãmedes- Angola

Mondombas solteiras Mossãmedes-Angola

Mondombas solteiras Mossãmedes-Angola

Mulher do Lubango- Huila-Angola

Mulher do Lubango- Huila-Angola

Mulheres casadas do Humbe - Angola

Mulheres casadas do Humbe - Angola

Adolescentes muila da Huila

Adolescentes muila da Huila

Adolescentes muila do Quipungo

Adolescentes muila do Quipungo

Raparigas Humbe - Planalto de Mossãmedes - Angola

Raparigas Humbe - Planalto de Mossãmedes - Angola

Rapariga Humbe - Angola

Rapariga Humbe - Angola

Rainha do Humbe - Angola

Rainha do Humbe  - Angola

Casal Dombe - Angola

Casal Dombe - Angola

Mulheres casadas Dombe - Angola

Mulheres casadas Dombe - Angola


Tipo de mulher Mondombe - Benguela ANGOLA

Tipo de mulher Mondombe - Benguela ANGOLA

Mulher Cuanhama - sul de Angola

Mulher Cuanhama - sul de Angola

Costume de Benguela

Costume de Benguela

Quitandeira LUANDA

Quitandeira  LUANDA

Criado CABINDA

Criado CABINDA

Criança Himba - Sul de Angola Namibe/Namibia

Criança Himba - Sul de Angola Namibe/Namibia

Seguidores






Angola em 1974 estava estruturada como nação, mas com uma estranha anomalia: era uma nação exo-cerebral isto é o seu cérebro estava afastado do corpo: todas as decisões importantes eram tomadas em Lisboa. Isto originou uma independência exógena, ao contrário do Brasil que se "independentizou" endogenamente. Ninguém, dos que viviam permanentemente em Angola, interferiu no processo da independência, tudo foi decidido fora do país. E, pior, por indivíduos (os metropolitanos, como é óbvio) que se ligavam a Angola por comissões de serviço, com ajudas de custo,é claro. Ou,até, que nunca tinham estado em Angola. Conheciam-na só através de um atlas escolar histórico-geográfico.


Quando todos os factores impeditivos, no século 20,( clima, doenças, agricultura, pecuária, transportes e ensino) se atenuaram, quando tudo se moldou para o nascimento de uma nação, os governos da Metrópole profiram em manter, sempre, o domínio total, mesmo quando já reconheciam que tinham sido ultrapassados pela própria História. Até na descolonização quiseram ser os últimos a mandar, só largaram o ceptro do poder quando a desmoralização era total. Eram os primeiros e únicos a mandar, foram os primeiros a debandar.


Em 1947 o jornal de Nova Lisboa “A Voz do Planalto” publicou uma crónica que provocou um pequeno terramoto nas hostes colonialistas, valendo-lhe um ano de suspensão. Foi o célebre artigo “Angola a gata borralheira”. Volvidos mais de 60 anos transcrevemos a parte inicial, como homenagem ao autor F.A. cujas iniciais, até agora, não conseguimos decifrar: «Entretanto Angola já existia quando o Brasil foi descoberto, mas o seu progresso, se for posto em paralelo, não tem comparação possível. Na simplicidade deste lamento perpassa a vibração dum simbolismo amargo: Brasil e Angola, símbolo do que Portugal pode fazer e símbolo do que Portugal não pode fazer».

Luiz Chinguar

.....

HISTÓRIA DE ANGOLA : FONTES POSSÍVEIS

1. Muito Ainda Está por Estudar e Escrever

Apesar do grande esforço de um bom número de investigadores de história, o conhecimento da História de Angola é ainda hoje muito incompleto. Com efeito, podemos dizer que a história completa de Angola está ainda por escrever, pois existem muitas lacunas muito extensas no seu corpo de conhecimento. Há períodos completos ou grupos étnicos inteiros sobre os quais pouco ou nada se sabe da sua história. Como exemplos citamos apenas a história de alguns povos bantos que vieram ocupar Angola, e ainda menos o que se sabe sobre a história pré-Banta de Angola.

No caso específico desta Viagem Pela História de Angola, menciono o exemplo das migrações dos povos Bantos e o seu impacto nas populações que até aí ocupavam o território de Angola, que desconhecemos quase completamente. De facto, com a excepção do corpo magro de conhecimento arqueológico muito escasso de estudos sobre o Antigo Reino do Congo e de alguns povos do planalto e da savana, e da pesquisa sobre o tráfico de escravos e sobre as Campanhas Militares de Ocupação, pouco mais se sabe, pois não existe ainda um corpo de conhecimento histórico organizado estabelecido para os outros povos de Angola.

Para o Português dos Séculos XVI ou XVII interessado na história dos Antigo Reino do Congo e do Reino de Ndongo (Angola), o estudo da história (ou melhor, da pré-história) destes povos e os seus percursores na região representava um desafio considerável, já que o modelo de criação com base na Bíblia Judeo-Cristã que explicava a história dos povos da Europa e do Próximo-Oriente do seu tempo, o não podia acomodar e muito menos explicar, e a ausência de fontes escritas revelavam-se como uma parede intransponível para o estudo efectivo da sua história. Desde cedo ele reconheceu a utilidade e limitações da história oral, e a dificuldade (quase impossibilidade) em estudar os povos que habitaram a região antes da chegada dos povos de língua Banta.

Em termos de cobertura historiográfica para todos os povos de Angola, os Antigos Reinos do Congo e de Ndongo são decerto os que receberam mais atenção dos historiadores. De facto, as fontes de história para estes reinos desde o início do contacto com os Portugueses até ao final do Século XVII são relativamente abundantes, comparando com outras regiões e povos de África a sul do Sahara. Após a abolição da escravatura e do tráfico houve um ressurgimento de estudos e fontes para as regiões de Luanda, Ambaca, Congo, Cabinda, Benguela, Lundas e Moçâmedes, e após a Conferência de Berlim as fontes são melhores na cobertura das Campanhas Militares de Ocupação, embora essas fontes realcem a perspetiva portuguesa e não cubram a angolana.

Contudo, quase não existem fontes primárias para a história dos povos Ovimbundo, Nganguela, Nhaneca-Humbe, Ambó, Herero, Xindonga e os povos pré-Bantos (Khoisan, Cuepes e Cuíssis) desde a sua chegada ao que é hoje o território de Angola até a um passado muito recente (meados do Século XX).

Na verdade, para a maioria dos povos de Angola, não sabemos exactamente quem eram, como e quando chegaram, como se formaram, e quanto mudaram desde o tempo do seu relacionamento inicial com outros povos que já lá viviam.

Para colmatar algumas destas lacunas é importante que estudemos a extensa documentação existente nos arquivos históricos em Angola, em Portugal e no Brasil.


2. Trabalhos de Estudiosos Estrangeiros

É também necessário traduzir e divulgar em língua portuguesa algumas obras de importância extraordinária para o estudo da História de Angola publicadas no estrangeiro, como os trabalhos de E. G. Ravenstein, Heli Chatelain, Monsenhor Cuvelier e Louis Jadin, Edgar Prestage, C.R. Boxer, J.D.Fage, R.A. Oliver, Jan Vansina, Desmond Clark, Georges Balandier, James Duffy, Merlin Ennis, Basil Davidson, David Birmingham, Gerald Bender, John Thornton, Phyllis Martin, Joseph Miller, Lawrence Henderson, Gladwin Childs, Philip Curtin, Eugene Genovese, Herbert Klein, Patrick Manning, Paul Lovejoy, Gervase Clarence-Smith, René Pelissier, David Eltis, Franz-Wilheim Heimer, Beatrix Heintz, Linda Heywood, Robert Blackburn, A.J. Russell Wood, Marc Ferro, Susan Broadhead, Anne Hilton, John Reader, Marq de Villiers, e José Curto, e outros estudiosos tornando-as assim mais disponíveis ao estudioso lusófono da História de Angola.


3. Trabalhos de Historiadores Brasileiros

É ainda essencial a divulgação das obras de estudiosos brasileiros como Gilberto Freire, Celso Furtado, Caio Prado Júnior, Josué de Castro, Florestan Fernandes, Darcy Ribeiro, Sérgio Buarque da Holanda, Luís Pereira, Henrique Fernando Cardoso, Maria Beatriz Nizza da Silva, Kátia de Queiroz Mattoso, Décio Freitas, Jaime Rodrigues, Luis Felipe Alencastro, e Eduardo Bueno, que apesar de incidirem sobre o estudo da história do Brasil, abriram novos caminhos para uma compreensão mais completa da História de Angola.


4. História da África Central

Angola está inserida a África Central, pelo que se torna importante ao estudioso da sua História saber relacionar acontecimentos e tendências em Angola com os ocorridos na África Central e vice-versa, relacionar acontecimentos e desenvolvimentos na África Central e como estes influenciaram a História de Angola.

Assim, penso que é útil referir a obra de alguns estudiosos que se salientam neste campo especial da História. Em primeiro lugar cabe-me citar o nome de Jan Vansina que desde a década de cinquenta do século passado produziu talvez a obra mais abundante e fecunda sobre a África Central. Eu penso que a leitura da sua obra é imprescindível não só ao estudo da África Central, como também ao estudo da História de Angola. Torna-se assim obrigatória a leitura da sua obra "Kingdoms of the Savanna" para quem quiser aprofundar conhecimentos sobre a pré-história dos antigos estados do Congo, Luba, Lunda, Cazembe, e Lozi. Se quisermos aprofundar o conhecimento sobre a história do Antigo Imério Kuba, a leste do Rio Cuango e vizinho de Angola, sugiro a leitura da sua obra "The Children of the Woot". A sua obra "Paths in the Rainforest" é por muitos considerada o melhor estudo de pré-história dos povos antigos que habitavam o território hoje designado com África Equatorial, que compreende os territórios do sul dos Camarões, Gabão, Guiné Equatorial, Congo (Brazzaville), Burkina Fasso (República Centro Africana), Zaire, e até Cabinda. De capital importância para o estudo da pré-história do Antigo Reino do Congo e dos povos ao longo do Quanza é a obra (já clássica) de Vansina "How Societies Are Borne - Governance in West Central Africa Before 1600", em que Vansina combina evidência arqueológica com linguística histórica para explicar a evolução de pequenos núcleos de população espalhados pelo território, em sociedades que partilhando a mesma raíz linguística, deram origem aos estados organizados que os Portugueses lá encontraram no Séc. XVI. Assim, em termos do estudo da História de Angola, a sua obra "How Societies Are Born" é essencial, pois nesta obra Jan Vansina oferece o melhor estudo sobre a pré-história dos povos que viveram na região a que hoje chamamos Angola.

A obra de Jan Vansina não é só importante no estudos dos povos da África Central, pois a sua obra é também por muitos considerada como a que abriu caminho ao estudo da etno-história, às relações entre a linguagem e a história, e à aceitação da história oral como um instrumento efectivo no método do estudo da história.

Duas obras de grande relevo para uma melhor compreensão da História de Angola, especialmente da sua paleo-história e proto-história, são as obras de Desmond Clark "The Pre-History of Africa" e "The Pre-History of Southern Africa".

Outras obras importantes que se torna necessário consultar incluem a "General History of Africa" publicada pela UNESCO, a "History of Central Africa" editada por David Birmingham e Phillys Martin, a obra "A History of Africa" da autoria de J.D. Fage, a "A History of South and Central Africa" de Derek Wilson, e a obra de A.J. Wills "An introduction to the History of Central Africa - Zambia, Malawi and Zimbabwe", e a obra de Robert Collins e James Burns "A History of Sub-Saharan Africa".

No campo do tráfico de escravos e o papel que os povos da região ao que chamamos hoje Angola, bem como o impacto do tráfico nesses povos, é essencial a leitura da obra de Joseph Miller "Way of Death", e de toda a obra de Basil Davidson, um pioneiro do estudo da influência do tráfico de escravos do Atlântico nas sociedades africanas entre os se´culos XVI e XIX.


5. Estudos Sobre a História do Atlântico Sul


Mais numa perspectiva mais global da história e economia do Atlântico Sul e do sistema económico mundial, é essencial o estudo dos trabalhos de João Lúcio de Azevedo, Fernand Braudel, Vitorino Magalhães Godinho e Armando de Castro no domínio da história económica, as obras extensas de Jaime Cortesão e de Damião Peres no domínio da expansão portuguesa, a obra de Luís de Albuquerque nos domínios dos Descobrimentos Portugueses e da cartografia antiga. É ainda importante estudar a obra de Frantz Fanon para melhor enquadramento do colonialismo como sistema económico e político e o seu impacto na psicologia dos povos colonizados.


6. Cronistas e Historiadores Portugueses

Mais próximo de Angola, sugiro uma "re-leitura" dos textos históricos de Gomes Eannes de Azurara, Rui de Pina, Garcia de Resende, João de Barros, Fernão Lopes de Castanheda, Damião de Gois, Duarte Lopez e Felippo Pigafetta, Domingos de Abreu e Brito, António de Oliveira Cadornega, Alexandre Elias da Silva Corrêa, Joaquim Lopes de Lima, Oliveira Martins, Luciano Cordeiro, João de Mattos e Silva à luz de um estudo mais crítico e profundo dos seus testemunhos.


7. Trabalhos Importantes Sobre a História de Angola


Outros estudiosos da História de Angola mais recentes que são leitura obrigatória para uma melhor compreensão incluem Alfredo Trony, Visconde Paiva Manso, Alberto de Almeida Teixeira, Monsenhor Alves da Cunha, Alfredo de Albuquerque Felner, Padre Ruela Pombo, Francisco Castelbranco, Gastão Sousa Dias, Alberto Ferreira de Lemos, Henrique Galvão, Ralph Delgado, Marcello Caetano, António Brásio, Fernando Batalha, António da Silva Rego, José Gonçalo Santa-Rita, Hélio Felgas, Walter Marques, Manuel da Silva Cunha, Eduardo dos Santos, Martins dos Santos, Júlio de Castro Lopo, Carlos Alberto Garcia, Carlos Couto, José de Almeida Santos, Manuel da Costa Lobo, Norberto Gonzaga, Mário António Fernades de Oliveira, Manuel Nunes Gabriel, Cerviño Padrão, Roberto Correia, e Maria Emília Madeira dos Santos, alguns dos quais requerendo um esforço de tradução mais acentuado para balançar a perspectiva um tanto euro-cêntrica e colonial das suas obras.


8. Estudos de Etno-História

Na área da etno-história é essencial o estudo das obras de Henrique de Carvalho, Padre Carlos Estermann, Óscar Ribas, José Redinha, João Vicente Martins, Mário Milheiros, Mesquitela Lima, Manuel Alfredo de Morais Martins, Jorge e Jill Dias, Abílio Lima de Carvalho, Manuel Guerreiro, José Pereira Neto, Padre José Martins Vaz, Padre Joaquim Martins, Ilídio do Amaral (mais no domínio da geografia humana do que etnografia ou história), Herman Possinger e Ramiro Ladeiro Monteiro mais na área de sociologia.


9. Estudos Sobre Angola e Tráfico de Escravos


Com mais foco no tráfico de escravos, é essencial a leitura das obras de Alfredo Diogo Júnior, António Carreira, e Adriano Parreira, que primeiro estudaram o papel de Angola no tráfico de escravos do Atlântico, pois elas revelam um sem-fim de matéria-prima para uma melhor compreensão dos povos de Angola e da sua história.


Cabe-me aqui declarar agora a minha relativa ignorância quanto aos esforços de estudar e publicar história que com certo vigor se publicaram já depois da independência. Longe da acção, tem sido difícil para mim encontrar bibliografia tão recente. Contudo, cumpre-me citar o trabalho fecundo de Henrique Abranches que decerto necessita de alcançar um público muito mais vasto, e da grande obra de difusão do romance histórico angolano levada a cabo pela excelente pena de Pepetela.

Finalmente, tomo aqui a oportunidade de guiar o leitor para as minhas notas sobre a bibliografia da História de Angola que apresento no fim deste trabalho. Elas não são decerto completas, pois incluem apenas algumas notas pessoais sobre textos que conheço, organizadas de acordo com temas e épocas; apenas um achego simples a tão importante veículo do estudo da História de Angola.
..........

Um exemplo de uma fonte primária no estudo da história de Angola é a Relatione del Reame di Congo et delle Circuonvicine Contrade Tratta dalli Scritti & Ragionamenti di Odoardo Lopez Portoghese per Filippo Pigafetta com disiegni vari di Geografia, di piante, d'abiti, d'animali, & altro - Relação do Reino do Congo e das Terras Circunvizinhas - Tirada dos escritos e discursos de Duarte Lopez, Português - Por Filippo Pigafetta - Com Desenhos vários de Geografia, de Plantas, de trajos, de animais, etc., publicado em Roma em 1591 e traduzido em português por Rosa Capeans, publicado pela Agência Geral do Ultramar, em Lisboa em 1951. Nesta importante fonte da história de Angola encontramos uma descrição em primeira mão do Antigo Reino do Congo durante a época logo a seguir à chegada dos Portugueses e da sua consequente expansão para o Antigo Reino de Ndongo.

.....

Por outro lado, fontes secundárias são aquelas que estudam as fontes primárias de um tópico em história depois do tempo do tópico a que o estudo se refere. Fontes secundárias são em geral estudos posteriores que cobrem a descrição, análise e explicação de fontes primárias. A obra do Professor Joseph Miller "Way of Death - Merchant Capitalism and the Angolan Slave Trade 1730 - 1830", publicada em 1988 pela University of Wisconsin Press é um exemplo de uma fonte secundária pois é um estudo extenso e profundo de fontes primárias sobre a prática do tráfico de escravos da região de Angola durante o século que vai de 1730 a 1830, escrita no último quartel do Séc. XX.

Em termos de documentação escrita, no estudo da História de Angola só temos acesso a documentos escritos depois da chegada dos Portugueses à foz do Zaire em 1481. Estas fontes escritas se bem que escassas são valiosas, pois dão-nos uma descrição em primeira mão de como ocorreu o processo de contacto entre duas culturas; contudo, devemos sempre notar que os escritos dos Portugueses e dos missionários reflectem necessáriamente as perspectivas portuguesa e cristã ao longo dos tempos, e não necessáriamente a objectividade dos factos históricos.

A bibliografia colonial portuguesa sobre Angola é de certa forma extensa, comparada com a bibliografia de outras regiões africanas a sul do Sahara. Contudo, esta precisa de ser "traduzida" antes que se possa usar com propriedade na formulação da História de Angola. É assim difícil discernir nas diferentes "Histórias de Angola" publicadas ao longo dos tempos, as diferentes interpretações que os seus autores lhes deram.

De particular importância para o estudo da História de Angola é ainda o estudo das descrições e memórias, autobiografias, relatos de viagens, diários e correspondência privada existentes. Contudo, apenas podemos usar estas fontes depois de as despir-mos de opiniões pessoais e juízos de valor que as acompanham, enquadradas no espaço e no tempo. É de facto muito interessante ler, por exemplo, as opiniões e comentários do Padre João António Cavazzi de Montecúccolo, na sua Descrição Histórica dos Três Reinos do Congo, Matamba e Angola, onde a evidência da sua formação europeia e cristã do seu tempo está sempre tão presente.

In introestudohistangola

S. João num baixo relevo de pedra Angola

S. João num baixo relevo de pedra Angola

Imagem Zambi da Lunda

Imagem Zambi da Lunda

Santa face de madeira Maiombe

Santa face de madeira Maiombe

Bastão do soba cristão dos primeiros tempos da colonização portuguesa

Bastão do soba cristão dos primeiros tempos da colonização portuguesa










«Ah, se eu tivesses menos vinte anos! Que faria ? Havia de pôr os brancos contra os brancos em África, e os pretos contra os pretos, e brancos e pretos uns contra os outros e nós haveríamos de sair incólumes no meio de tudo». Frase proferida por Salazar em 1966 de acordo com o que vem exarado no livro de Franco Nogueira “Salazar O ultimo combate 1964-1970” 4ªedição ( 2000) da Companhia Editora do Minho S.A.

http://psitasideo.blogspot.com/2009/02/os-esqueletos-nos-armarios.html



"Partiram de mãos vazias. Enraizaram-se e amaram a terra. Mudaram África e foram mudados por ela".

«... grupo de gente boa e menos boa e até má, que, com todas as suas contradições, iniciou a construção de uma cidade de que toda a gente que nela viveu ou vive se orgulha.»

(...)No futuro, o neo-colonialismo obedecerá a esquemas de Estados, subordinados a programas das multinacionais. A colonização portuguesa foi feita ao sabor do espírito aventureiro de um povo que se sentia mal-tratado na sua própria terra. O Estado só apareceu para estragar..."

In Os colonos» de Antonio Trabulo

PovosNhanecaHumbe/Muilas

PovosNhanecaHumbe/Muilas


















VIDEO: Portugueses em Angola
VIDEO: Portugueses em Angola
VIDEO: Angola do nosso tempo 1
VIDEO: Angola do nosso tempo 2
VIDEO: Angola do nosso tempo 3
VIDEO: Angola do nosso tempo 4
VIDEO: Angola do nosso tempo 5
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QUE O NOVO ANO TRAGA UMA MAIS JUSTA DISTRIBUIÇÃO DAS RIQUEZAS DE ANGOLA PELO SEU POVO














Povos Muilas

Povos Muilas

Contador: desde19.12.2008






























































Muhuila

Muhuila

Mucuisses Iona

Mucuisses Iona










Soba de Malange (Neves e Sousa)

Soba de Malange (Neves e Sousa)

Pastor Mucubal (Neves e Sousa)

Pastor Mucubal (Neves e Sousa)








Criança Himba (Cunene)

Criança Himba (Cunene)

Crianças circuncizadas (Angola)

Crianças circuncizadas (Angola)


































LINKS COM INTERESSE:

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MINHA RICA POBRE ANGOLA

Cerca de um milhão de barris de petróleo exportados por dia, multinacionais petrolíferas que vão a render 20 mil milhões de dólares em cinco anos, diamantes em abundância pareceriam suficiente para dar bem estar aos angolanos. No entanto, a quase totalidade do crude desaparece imediatamente para as refinarias do Texas e Luisiana, seguindo a antiga rota dos escravos.

A corrupção e a guerra somaram sequelas. Hoje, 83% da população vive abaixo do nível da pobreza. Os jornalistas Serge Michel e Serge Engerlin, do Le Temps, que fizeram uma grande investigação durante cinco meses sobre a rota do ouro negro, desde o Texas ao Iraque, estiveram em Angola e dão uma visão desse belo país que, acredito, apesar de tudo isso, há-de encontrar o seu caminho.

DAQUI


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BIBLIOGRAFIA PARA COMPREENDER A HISTORIA DE ANGOLA



1.GUERRA DO ULTRAMAR
1.
as autênticas causas da guerra ultramarina
3. Guerra Ultramar
4. A batalha de Luanda
5. Cubanos em Angola
6. Revolta da Baixa do Cassange
7. Beleza de Angola
8. Angola by air
9. Angola cantada e desencantada
10. Angola gentes e costumes
11. Anos da guerra 1961/1975 de João de Melo


.....................

CUADI
1950 - Há mais de 470 anos Diogo Cão e os companheiros Chegaram ao lotoral desértico ao sudoeste de Angola junto de um pequeno cabo de rocha escura a que deram nome de Cabo Negro ...


Nas chamadas terras do fim do mundo situadas nas longínquas regiões do Cuango, entre meadas de planícies e de florestas raras, habita um povo que habitualmente leva vida nómada como os Cassequeles ...

Trabalhos de recolha de elementos antropológicos dos Bosquímanos pela missão de investigadores em Angola

Obras de importância extraordinária para o estudo da História de Angola publicadas no estrangeiro

Trabalhos de E. G. Ravenstein, Heli Chatelain, Monsenhor Cuvelier e Louis Jadin, Edgar Prestage, C.R. Boxer, J.D.Fage, R.A. Oliver, Jan Vansina, Desmond Clark, Georges Balandier, James Duffy, Merlin Ennis, Basil Davidson, David Birmingham, Gerald Bender, John Thornton, Phyllis Martin, Joseph Miller, Lawrence Henderson, Gladwin Childs, Philip Curtin, Eugene Genovese, Herbert Klein, Patrick Manning, Paul Lovejoy, Gervase Clarence-Smith, René Pelissier, David Eltis, Franz-Wilheim Heimer, Beatrix Heintz, Linda Heywood, Robert Blackburn, A.J. Russell Wood, Marc Ferro, Susan Broadhead, Anne Hilton, John Reader, Marq de Villiers, e José Curto, e outros

Trabalhos de Historiadores Brasileiros

Gilberto Freire, Celso Furtado, Caio Prado Júnior, Josué de Castro, Florestan Fernandes, Darcy Ribeiro, Sérgio Buarque da Holanda, Luís Pereira, Henrique Fernando Cardoso, Maria Beatriz Nizza da Silva, Kátia de Queiroz Mattoso, Décio Freitas, Jaime Rodrigues, Luis Felipe Alencastro, e Eduardo Bueno, que apesar de incidirem sobre o estudo da história do Brasil, abriram novos caminhos para uma compreensão mais completa da História de Angola.


História da África Central

Angola está inserida a África Central e neste contexto aconselha-se a obra de Jan Vansina "Kingdoms of the Savanna" para quem quiser aprofundar conhecimentos sobre a pré-história dos antigos estados do Congo, Luba, Lunda, Cazembe, e Lozi.

Se quisermos aprofundar o conhecimento sobre a história do Antigo Imério Kuba, a leste do Rio Cuango e vizinho de Angola, sugiro a leitura da sua obra "The Children of the Woot". A sua obra "Paths in the Rainforest" é por muitos considerada o melhor estudo de pré-história dos povos antigos que habitavam o território hoje designado com África Equatorial, que compreende os territórios do sul dos Camarões, Gabão, Guiné Equatorial, Congo (Brazzaville), Burkina Fasso (República Centro Africana), Zaire, e até Cabinda.

Contudo, em termos do estudo da História de Angola, a sua obra "How Societies Are Born" é essencial, pois nesta obra Jan Vanzina oferece o melhor estudo sobre a pré-história dos povos que viveram na região a que hoje chamamos Angola.

A obra de Jan Vanzina não é só importante no estudos dos povos da África Central, pois a obra Jan Vanzina é também por muitos considerada como a que abriu caminho ao estudo da etno-história, às relações entre a linguagem e a história, e à aceitação da história oral como um instrumento efectivo no método do estudo da história.

Duas obras de grande relevo para uma melhor compreensão da História de Angola, especialmente da sua paleo-história e proto-história, são as obras de Desmond Clark "The Pre-History of Africa" e "The Pre-History of Southern Africa".

Outras obras importantes que se torna necessário consultar incluem a "General History of Africa" publicada pela UNESCO, a "History of Central Africa" editada por David Birmingham e Phillys Martin, a obra "A History of Africa" da autoria de J.D. Fage, a "A History of South and Central Africa" de Derek Wilson, e a obra de A.J. Wills "An introduction to the History of Central Africa - Zambia, Malawi and Zimbabwe", e a obra de Robert Collins e James Burns "A History of Sub-Saharan Africa".

No campo do tráfico de escravos e o papel que os povos da região ao que chamamos hoje Angola, bem como o impacto do tráfico nesses povos, é essencial a leitura da obra de Joseph Miller "Way of Death", e de toda a obra de Basil Davidson, um pioneiro do estudo da influência do tráfico de escravos do Atlântico nas sociedades africanas entre os se´culos XVI e XIX.

Estudos Sobre a História do Atlântico Sul


Mais numa perspectiva mais global da história e economia do Atlântico Sul e do sistema económico mundial, é essencial o estudo dos trabalhos de João Lúcio de Azevedo, Fernand Braudel, Vitorino Magalhães Godinho e Armando de Castro no domínio da história económica, as obras extensas de Jaime Cortesão e de Damião Peres no domínio da expansão portuguesa, a obra de Luís de Albuquerque nos domínios dos Descobrimentos Portugueses e da cartografia antiga. É ainda importante estudar a obra de Frantz Fanon para melhor enquadramento do colonialismo como sistema económico e político e o seu impacto na psicologia dos povos colonizados.

Cronistas e Historiadores Portugueses

Mais próximo de Angola, sugiro uma "re-leitura" dos textos históricos de Gomes Eannes de Azurara, Rui de Pina, Garcia de Resende, João de Barros, Fernão Lopes de Castanheda, Damião de Gois, Duarte Lopez e Felippo Pigafetta, Domingos de Abreu e Brito, António de Oliveira Cadornega, Alexandre Elias da Silva Corrêa, Joaquim Lopes de Lima, Oliveira Martins, Luciano Cordeiro, João de Mattos e Silva à luz de um estudo mais crítico e profundo dos seus testemunhos.

Trabalhos Importantes Sobre a História de Angola

Outros estudiosos da História de Angola mais recentes que são leitura obrigatória para uma melhor compreensão incluem Alfredo Trony, Visconde Paiva Manso, Alberto de Almeida Teixeira, Monsenhor Alves da Cunha, Alfredo de Albuquerque Felner, Padre Ruela Pombo, Francisco Castelbranco, Gastão Sousa Dias, Alberto Ferreira de Lemos, Henrique Galvão, Ralph Delgado, Marcello Caetano, António Brásio, Fernando Batalha, António da Silva Rego, José Gonçalo Santa-Rita, Hélio Felgas, Walter Marques, Manuel da Silva Cunha, Eduardo dos Santos, Martins dos Santos, Júlio de Castro Lopo, Carlos Alberto Garcia, Carlos Couto, José de Almeida Santos, Manuel da Costa Lobo, Norberto Gonzaga, Mário António Fernades de Oliveira, Manuel Nunes Gabriel, Cerviño Padrão, Roberto Correia, e Maria Emília Madeira dos Santos, alguns dos quais requerendo um esforço de tradução mais acentuado para balançar a perspectiva um tanto euro-cêntrica e colonial das suas obras.

Estudos de Etno-História

Na área da etno-história é essencial o estudo das obras de Henrique de Carvalho, Padre Carlos Estermann, Óscar Ribas, José Redinha, João Vicente Martins, Mário Milheiros, Mesquitela Lima, Manuel Alfredo de Morais Martins, Jorge e Jill Dias, Abílio Lima de Carvalho, Manuel Guerreiro, José Pereira Neto, Padre José Martins Vaz, Padre Joaquim Martins, Ilídio do Amaral (mais no domínio da geografia humana do que etnografia ou história), Herman Possinger e Ramiro Ladeiro Monteiro mais na área de sociologia.

Estudos Sobre Angola e Tráfico de Escravos

Com mais foco no tráfico de escravos, é essencial a leitura das obras de Alfredo Diogo Júnior, António Carreira, e Adriano Parreira, que primeiro estudaram o papel de Angola no tráfico de escravos do Atlântico, pois elas revelam um sem-fim de matéria-prima para uma melhor compreensão dos povos de Angola e da sua história.

..cumpre-me citar o trabalho fecundo de Henrique Abranches que decerto necessita de alcançar um público muito mais vasto, e da grande obra de difusão do romance histórico angolano levada a cabo pela excelente pena de Pepetela.
(retirado do blog http://introestudohstorangola.blogspot.com


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BIBLIOGRAFIA
«Reis Negros no Brasil escravista» por Marina de Mello Souza


DOCUMENTOS ÚTEIS

  • Declaração Universal dos Direitos do Homem
  • Compêndio da Doutrina Social da Igreja
  • JOÃO PAULO II EM ANGOLA (1992): "Que tenha definitivamente terminado para ti, querida Angola, o tempo do teu desamparo"
  • JOÃO PAULO II EM ANGOLA(1992): "Angola, Que tu possas realizar o teu destino de País livre e fraterno"
  • JOÃO PAULO II EM ANGOLA (1992): Mensagem aos Jovens de Angola.
  • PAPA JOÃO PAULO II: "No Respeito dos Direitos Humanos o Segredo da Verdadeira Paz". Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 1999.
  • PAPA JOÃO PAULO II: "Para Servir a Paz, Respeita a Liberdade". Mensagem para o Dia Mundial da Paz 1981.
  • PAPA JOÃO PAULO II: "Se Queres a Paz, Respeita a Consciência de cada Homem". Mensagem para o Dia Mundia da Paz de 1991.
  • PAPA LEAO XIII. Encíclica "RERUM NOVARUM" (1891). Sobre a Condição dos Operários.
  • PAPA JOÃO XXIII: Carta Encíclica "MATER ET MAGISTRA" (1961). Sobre a evolução da questão social à luz da doutrina cristã.
  • PAPA JOÃO PAULO II. Carta Encíclica "CENTESIMUS ANNUS" (1991). No Centenário da Publicação da 1ª encíclica sobre a questão social.
  • PAPA PAULO VI: Encíclica"POPULORUM PROGRESSIO" (1967). Sobre o Desenvolvimento dos Povos.
  • PAPA JOÃO PAULO II. Encíclica "SOLLICITUDO REI SOCIALIS"(1987). Pelo 20º Aniversário da Populorum progressio. "A colaboração para o desenvolvimento do homem todo e de todos os homens é, efectivamente, um dever de todos para com todos".
  • PAPA PIO XII: "O Natal e a Humanidade Sofredora". Radiomensagem do Natal de 1942.
  • PAPA JOÃO XXIII: Carta Encíclica "PACEM IN TERRIS" (1963). sobre a paz de todos os povos na base da verdade, justiça, caridade e liberdade .
  • PAPA PIO XI. Encíclica "DIVINI REDEMPTORIS"(1937). Sobre os Erros e delitos do Comunismo.
  • PAPA PAULO VI. Carta Apostólica "OCTOGESIMA ADVENIENS" (1971). A Actividade Politica dos Cristãos e as Questões Sociais.
  • MUHAMMAD YUNUS, Nobel da Paz 2006: "A pobreza é Uma Ameaça à Paz".
  • PAPA PIO XII. RADIOMENSAGEM DO DIA 1 DE JUNHO DE 1941: "A riqueza econômica de um povo não consiste propriamente na abundância dos bens, medida segundo um cômputo puramente material do seu valor, mas sim no fato de que essa abundância represente, ofereça real e eficazmente a base material que baste ao devido desenvolvimento pessoal dos seus membros"
  • MIA COUTO: "Pobres dos Nossos Ricos"
  • MIA COUTO: "A Fronteira da Cultura"
  • GEORGE ORWELL: "A Revolução dos Bichos (O Triunfo dos Porcos)
  • ONU: "Declaração Sobre o Direito ao Desenvolvimento"
  • SHRI RAVINDRA VARMA: "Responsabilidade Universal, Direitos Humanos e Paz"
  • DALAI LAMA: "Os Direitos do Homem no Limiar do Século XXI"

O homem grande e os homens pequenos!

Homem muito, muito grande. Hoje excepcionalmente não irei falar de Angola, do Chicoronho ou da Huíla! Mas, de um homem muito, muito grande! Um homem que combateu o que de mais repugna qualquer ser humano minimamente informado e equilibrado – RACISMO.

Raça, um termo ainda hoje tão utilizado, mas que academicamente não tem qualquer significado, porque é um termo em si, vazio. Um termo criado politicamente. Não há raça humana, apesar de se ouvir muitas vezes essa designação, inclusive de professores universitários.

Há a Espécie Humana, pertencente ao Reino Animal. Com a evolução da espécie humana e com a sua diáspora pelo mundo fora houve a necessidade da sua pele se adaptar à Latitude que se encontrava. Assim resultaram as peles mais escuras com diferentes tonalidades, ou seja, do negro ao encarnado entre os trópicos de Cancer e de Capricórnio, como adaptação aos intensos e perigosos raios UV; Mas, à medida que o ser humano se foi instalando nas latitudes mais elevadas, a sua pele teve outras necessidades e por isso são peles mais claras. Simples de perceber!

Não há raças, mas sim etnias. Mas, mesmo em relação às etnias há confusões de interpretação.

Todos aqueles que vivem no mesmo espaço geográfico e partilham em grosso modo os mesmos hábitos ao nível da cultura, língua, musica, costumes, gastronomia, danças entre outros, então estamos perante o mesmo grupo étnico.

Claro que ainda hoje, muitos não conseguem desligar o conceito de etnia da cor das pessoas, mas uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.

Portanto, isto significa que podemos academicamente ter um negro, castanho, vermelho, amarelo ou branco pertencentes todos à mesma etnia, desde que estes convivam no mesmo espaço geográfico e partilhem os mesmos pressupostos acima mencionados.

Voltando ao homem grande que orgulhosamente eu sou contemporâneo, foi preso exactamente por defender que não havia raças humanas e muito menos que havia raças superiores e raças inferiores.

Foi preso por combater um sistema hediondo profundamente rácico. Quando foi preso era um jovem adulto e permaneceu encarcerado durante décadas, quando saiu, já era idoso. Volto a repetir: ficou preso durante décadas. Ele tinha perdido toda a sua vida de juventude e de auge físico e intelectual numa prisão. Lembro que nenhum de nós vive duas vezes, ou seja, ele não teve segunda oportunidade de voltar a ser jovem.

Por conseguinte, quando foi anunciado a sua eventual libertação, os homens pequenos pensaram:

«ele sairá revoltado e quererá a vingança de quem lhe tirou as melhores décadas de vida»

Mas, quando um homem é grande, as suas acções e atitudes também o são, assim, depois de ele ser libertado, fez um discurso num estádio completamente lotado e para espanto dos homens pequenos, ele apelou ao dialogo em vez da divergência, ele apelou à compreensão em vez do ódio, ele apelou à tolerância me vez do seu contrario, ele apelou à reconciliação em vez da divisão.

O homem grande foi libertado no dia 11 de Fevereiro de 1990 e chama-se Nelson Mandela.
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