domingo, 20 de dezembro de 2009

Page 1 ESCRAVIDÃO E REVOLTAS DE ESCRAVOS EM ANGOLA (1830-1860) Roquinaldo Ferreira*



Foram várias as investidas para aumentar a presença portuguesa em
Angola entre 1836 e 1860. Três destas iniciativas tiveram grande visibilidade. O Ambiz, uma região sem soberania definida, foi ocupado em 1855. Fundou-se, em 1848 uma colonia, Mossamedes, com portugueses quc saíram de Pernambuco fugindo do clima de antilusitanismo durante a Revoluçáo Praieira. Além destas iniciativas, a partir de 1836, desencadeou-se um ciclo de investidas militares para submeter as regiões a leste do Rio Kwango. Nào se trata aqui de aferir o quanto tais iniciativas tiveram exito. Mossamedes. por exemplo, não teve êxito imediato. Apesar disto, é claro o esforço reordenador português em Angola a partir de 1836. E o fim do tráfico ilegal, é preciso dizer, ao afastar os riscos à soberania portuguesa, tambéin fez parte desta reordenação.
O fim do táfico ilegal significou igualmente transformações ime-
diatas no perfil demográfico de Luanda. Entre 1845 e 1850, a população total de Luanda aumentou de 5.605 para 12.656 pessoas; um aumento anual de cerca de 1 392 pessoas. Dois grupos em particular foram privilegiados por tal crescimento: os escravos e os pretoslmulatos livres. os escravos aumentaram de 2.749 para 5.900. Por esta razáo, quase metade da população total de Luanda era formada por escravos. em1850. Já os pretos e mulatos livres. aumentaram de 1.255 para 5.305. conformee indica a tabela:'

Continua....


Para saber mais 
idem




1 comentário:

Caio Martins disse...

Acompanhei a luta de Angola e, em 1975, a vitória do MPLA e a expulsão dos mercenários sulafricanos, como jornalista da Rádio Berlin Internacional.
Todavia, a África ainda sangra, vítima de genocídio não suficientemente divulgado, nem combatido com a energia necessária.
Seguirei vocês, solidário.
Forte abraço.